Todos sabemos que um dos fatores que levou o nosso Presidente a ser eleito em 2018 foram as pautas conservadoras que ele sempre defendeu ao longo de sua vida pública.

Soma-se a isso o fato de o Professor Olavo de Carvalho ter começado desde 1993 com análises profundas sobre a esquerda e seus planos diabólicos para destruir tudo aquilo que é caro ao brasileiro notoriamente cristão e conservador em sua maioria.

A partir de então começou a surgir no Brasil, pessoas que se diziam de direita e apoiadores do Presidente, mas que no final das contas se mostraram verdadeiros embustes políticos e traidores de todos que votaram neles.

Mas, e o pensamento conservador? Onde fica essa história?

Existe no país um corpo técnico sobre o conservadorismo brasileiro?

Existe em algum lugar alguma sistematização de conhecimentos sobre esse assunto?

Por exemplo: na Inglaterra e nos EUA sempre houve um corpo teórico baseado nos costumes conservadores de cada país, respectivamente. Os EUA sempre tiveram seu conservadorismo baseado no conservadorismo inglês.

Bem ao contrário disso, o Brasil não tem um corpo teórico sistematizado e compilado em livros que respeite a cultura de seu próprio povo, os costumes e, principalmente, que respeite a sua forma de pensar e sentir a vida no Brasil. Seria o respeito psicoemocional do povo.

Respeito a sua própria história e a formação do “homem brasiliano” por assim dizer. Incluindo ainda o respeito à sua formação econômica, social e religiosa.

No Brasil de 100 anos para cá tudo isso foi se perdendo até chegarmos ao que é hoje, o desconstrucionismo sistemático de tudo aquilo que era para ser conservado para sempre em todas as gerações.

Para ratificar o que digo, peço ao leitor que pense um pouco:

Quais os valores, conceitos, princípios que regem a sociedade brasileira?

Tenho certeza que alguns vão conseguir responder sobre si mesmos, mas terão uma grande dificuldade quando se tratar de um povo inteiro de um modo geral.

Sempre foi um grande desafio para os antropólogos definirem com precisão o que é ser brasileiro, quanto mais dizer sobre o conservadorismo desse mesmo povo. E mais difícil ainda são os dias atuais após décadas de uma educação desconstrucionista.

Segundo os professores Olavo de Carvalho e Loryel Rocha, aprendemos que o Brasil carece de conceitos e valores conservadores. Não há um conservadorismo universal que possa ser aplicado de forma equânime a todos os povos e nações da terra, pois cada país tem as suas especificidades culturais, históricas e religiosas.

A título de exemplo, seria impossível tentar aplicar nos EUA o conservadorismo japonês, ou implementar na Itália o conservadorismo norueguês.

Porém, é possível ADAPTAR o conservadorismo inglês nos EUA ou adaptar o conservadorismo espanhol na américa espanhola, logo, também seria possível adaptar o conservadorismo português ao Brasil, isso porque todos esses lugares, EUA, américa espanhola e Brasil são formações respectivas da Inglaterra, Espanha e Portugal.

Por óbvio, não é?

Queiram ou não, achem bom ou ruim, o Brasil é uma formação de Portugal no seu idioma, na sua alta cultura e na sua religiosidade principal. Não somos uma formação da África ou indígena, apesar de toda a influência que eles tiveram na formação do Brasil atual.

A nossa formação idiomática é a língua portuguesa. A alta cultura que veio primeiro foi a de Portugal com seus grandes nomes da sua literatura, juntamente com todo o seu conhecimento jurídico e estatal administrativo. E a nossa religiosidade é judaico cristã, primeiramente católica, e bem posteriormente a protestante.

Da mesma forma os EUA com sua formação advinda da Inglaterra em seu idioma, em sua religião (todas as denominações protestantes que estavam na Inglaterra migraram para os EUA) e em sua alta cultura literária sobre política e economia. Não foram os índios nem os negros levados para lá que formaram esse tripé primordial de qualquer nação: idioma, alta cultura e religião.

Repito, apesar de toda a influência dos índios e negros que existe hoje em dia nos EUA.

O problema é que professores militantes de história do Brasil não entendem que: obter independência de seu país formador não é a mesma coisa que “virar as costas” por completo e começar, do zero, um novo país e uma nova nação, pois isso é um absurdo que só poderia ter surgido da cabeça de maçons positivistas e imbecis.  

Quando os EUA entrou em guerra contra a Inglaterra foi para obter independência política e econômica e não uma “independência niilista”, a qual destrói tudo aquilo que veio do país colonizador, pois como disse: seria uma completa idiotice a destruição de tudo e um recomeço do zero.

Mas, infelizmente, no Brasil foi assim que aconteceu graças aos positivistas da época que queriam romper por completo com todo o seu passado histórico, cultural, linguístico e educacional, além de outros oriundos de Portugal.

Pois bem… o resultado dessa pataquada é que o Brasil nunca conseguiu se livrar politicamente nem economicamente do exterior. E pior, conseguiram, ao mesmo tempo, destruir a moral, a autoestima, a língua e a alta cultura do Brasil.

Qual foi o resultado?

Um país que se diz conservador, mas que não conhece a si próprio.

Um país que quer ser aceito pelo mundo todo, mas que não se aceita internamente em sua rica diversidade.

Um país que se diz conservador no nível pessoal, mas no âmbito coletivo se auto despreza e golpeia a própria nação.

São só algumas idiossincrasias do povo brasileiro que se perdeu de sua formação ancestral portuguesa e cristã.

Se considera conservador, mas tolera a corrupção, a prostituição, a bandidagem, um judiciário espúrio, um povo que paga altíssimos impostos para tão somente bancar salários de funcionários públicos e obras eivadas de desvios de grandes somas de dinheiro. Um povo conservador, mas que tolera a roubalheira e a malversação criminosa do erário.

Conservador no privado, mas tolerante e até conivente com toda sacanagem que destrói o caráter de um país inteiro. Enfim, alcançamos a “independência”, mas até hoje colocamos a culpa dos nossos fracassos em Portugal. E isso é um absurdo por completo além de ser uma mentira essa acusação leviana que vem dos primórdios da formação desse Brasil!!!

E ainda digo mais: graças a Deus que fomos formados por Portugal e não por outro!!! Mas isso é um assunto para um outro artigo.

Bom… depois disso, o que aconteceu com o Brasil a partir do momento que virou as costas quase por completo à Portugal e começou a culpá-lo de todos os nossos infortúnios?

Aconteceu que o Brasil passou a ser um “macaco de imitação”, passou a importar tudo e qualquer porcaria de modelo de sociedade, passou a imitar os jeitos e trejeitos de vários outros povos do mundo inteiro. Perdeu sua personalidade.

Basta prestar atenção no político do momento ou no partido de plantão. Basta ver, por exemplo, o que a esquerda faz em nosso país.

Qual a origem, qual a fonte de hoje em dia de seus conceitos?

 Hoje, quem dá as ordens conceituais para a esquerda brasileira é o partido democrata americano. A esquerda americana faz e os “macacos de imitação” fazem exatamente o mesmo aqui no Brasil.

Já repararam que cada candidato a presidente tem uma “excelente” solução para o país?

Já repararam que cada um deles traz consigo algo que aprendeu no exterior?

Infelizmente tem sido assim desde o golpe contra Dom Pedro II em 1889.

Vou exemplificar para sua melhor visualização:

FHC: teve, na sua juventude, sua influência advinda de Trótski (assassino menchevique russo responsável pelo Holodomor na Ucrânia – mais de 7 milhões de mortes pela fome). Depois, teve sua influência obtida pelos professores socialistas e sociais democratas da Sorbone – França. Por fim, e não menos pior, encerra a vida sendo um globalista financiado pelas fundações de Clinton (EUA), Soros (EUA) e Fundação Ford (EUA). Todos financiadores do partido democrata americano (a esquerda americana).

Lula: um analfabeto político até a idade adulta. Os professores da esquerda comunista da USP e Unicamp fundaram um partido aos moldes de uma camarilha sindical tendo como influência o partido comunista russo e cubano. Na esfera da política rural teve influência da teologia da libertação (de um Padre francês) e do maoísmo (Mao Tsé Tung – ditador comunista responsável por mais de 40 milhões de mortes na China).

Dilma: segue basicamente o mesmo caminho, influências políticas de Cuba e Rússia. E na economia a influência vem da ditadura comunista da China.

Se formos mais para o nosso passado político, como Getúlio Vargas, teremos como influência na sua política trabalhista, a Itália de Mussolini, haja vista a CLT ter sido elaborada aos moldes do direito trabalhista do fascismo italiano. E na economia teve como inspiração as mesmas de Hitler na Alemanha com uma pesada intervenção estatal na criação de diversas empresas públicas.

Mais para trás ainda temos com Marechal Deodoro e Floriano Peixoto: militares do exército brasileiro que apunhalaram de forma covarde Dom Pedro II, um pensamento positivista e progressista de origem francesa.

Juscelino Kubitschek: desenvolvimentismo aos moldes americanos, porém, abrigou uma quantidade enorme de socialistas e comunistas em seu governo.

E por fim, Jair Bolsonaro, que tentou de todas as formas trazer um certo desenvolvimento entregando ao povo obras, apesar de todas as dificuldades como covid e início de uma guerra na Ucrânia. Sempre tendo como exemplo o desenvolvimento econômico na liberdade americana, mas sendo 100% brasileiro no seu jeito de ser (por causa disso é amado pelo povo).

Em política, todos nós sabemos que é ação, “mão na massa” e prática que importam. Porém, toda ação política é consequência da cultura, dos valores que aquele político internalizou em sua alma.

Os pensamentos cultivados em sua mente e coração, logo, não se pode ter uma política conservadora para o Brasil sem que antes haja uma cultura conservadora genuinamente brasileira.  

Brasil, acorde!!!            

João Carvalho (Colunista) – Economista pós graduado em gestão empresarial pelo CEFET-RJ e Jornalista (0013491/DF)
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