As pessoas mais experientes poderão lembrar de uma campanha da UNESCO na década de 80 cujo intuito era o de promover uma “nova ética universal” baseada em valores relativos.
O nome desse projeto tinha o nome de: Nossa Diversidade Criativa.
Em 1991 a campanha foi “Uma Ética Global para uma Governança Global”. O fundamento para esse título é o seguinte, segundo o autor Juan Cláudio Sanahuja, El Desarrollo Sustentable, La Nueva ética Internacional, pág. 107-113:
“…ética global e a democracia, que sejam baseadas nos novos direitos humanos, formulados nas normas das ultimas conferencias internacionais, que devem informar o debate sobre mulheres, gênero, cultura e meio ambiente, para formular novas políticas para o desenvolvimento humano sustentável”.
O fim desse processo foi em 2001 com a “Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural”, tendo total relação com a Declaração e programa de ação sobre uma cultura de paz aprovada em 1999 pela Assembleia Geral da ONU e promovida por Javier Pérez de Cuellar, ex-secretário geral da ONU e membro da maçonaria e por Mayor Zaragoza membro da Cruz Verde Internacional, ONG de Mikhail Gorbachev de onde veio a tal “Carta da Terra”.
Vejam o que diz a Declaração Universal sobre diversidade cultural de 2005:
“A cultura deve ser considerada como o conjunto dos traços distintos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos, que caracterizam uma sociedade ou um grupo social e que engloba, além da arte e literatura, estilos de vida, modos de conviver, sistemas de valores, tradições e crenças”.
Meus amigos, por acaso vocês percebem onde está o ardil demoníaco?
Vejam que só nesse trecho há uma espécie de igualitarismo entre tudo isso que foi escrito pela tal Declaração. Se tomarmos como ponto de vista esta excrescência da Unesco, tudo e todos nós estaremos em absoluto pé de igualdade.
Ou seja, uma sinfonia de Mozart será considerada igual, em termos culturais, ao funk pancadão pornográfico da pior qualidade; uma Missa Pontifical estará no mesmo nível de um ritual satânico ou no mesmo nível de um ritual animista de uma seita africana qualquer; uma pregação evangelística de um gigante como Billy Graham, em termos culturais, será equivalente a pregação de um Guru de alguma seita alquímica do oriente.
Enfim, a Unesco quer promover o igualitarismo entre as diversidades de práticas pseudo culturais.
Só para que os senhores possam visualizar melhor, permita-me explicar um pouco mais. Poderíamos dizer que o intuito da ONU/Unesco é igualar a cultura cristã com qualquer seita; igualar os valores cristãos com “valores” de Grupos sociais que aparecem e desaparecem de tempos em tempos; igualar toda a ética cristã aos vários “estilos de vida” e aos “modos de conviver” dos devassos, homossexuais, ladrões, viciados, prostitutas, cafetões, traficantes, corruptos… etc, etc e etc, pois, afinal de contas, tudo isso pode ser classificado como: “estilo de vida” ou “modo de convívio”.
Consequentemente tudo vira “cultura”.
Amigos, a tal “diversidade cultural” propagada e defendida pela ONU é um engodo. Não existe possibilidade de cristãos católicos e protestantes conviverem com essas pessoas enquanto não abandonarem seus “estilos de vida” ou os seus “modos de convívio” na sociedade. Na verdade, se todas essas pessoas quiserem ir à qualquer igreja cristã serão bem recebidas e se pedirem ajuda pra sair desse estilo de vida degradante, no mínimo, obteriam dessas igrejas orações de cura e libertação desses vícios e condutas destrutivas.
A tal diversidade cultural é para fazer com que a maioria engula goela abaixo essas práticas destrutivas do espírito e da carne, tornando os cristãos cada vez mais tolerantes ou indiferentes à tais condutas.
A Unesco/ONU querem destruir o cristianismo e a cultura ocidental e colocar no lugar uma “Nova Ética Universal”.
Vejam o nível da arrogância. Querem uma “Ética Universal” feita por burocratas dentro dos escritórios da ONU, para substituir séculos e séculos de algo muito mais profundo que é a Ética judaico-cristã e a cultura ocidental greco-romana.
É a destruição por substituição.
E o pior de tudo é que, infelizmente, o Brasil vem acatando tudo que vem desse órgão que não deveria mais existir. E isso, caros amigos, não é de agora, até a nossa Constituição de 1988, de viés parlamentarista e de cariz socialista, ou seja, uma Constituição com os aspectos da atmosfera socialista (cariz), desde sua publicação, traz em seu artigo 216 uma redação que vai ao encontro dessa Declaração Universal sobre diversidade cultural.
No artigo 216 da CF/88 tem expressões como:
“…portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade…”, e em seus incisos englobam: “formas de expressão, modo de criar, modo de fazer e modo de viver…” dentre outros termos.
Percebam vocês o tamanho das possibilidades de mutabilidades pseudo culturais que podem aparecer e desaparecer através de movimentos políticos e sociais fugazes a todo instante na sociedade brasileira?
Criação de culturas de guetos, de subculturas todo o tempo e para toda e qualquer crise social.
Tanto a Unesco como a nossa CF/88 dão o suporte legal para se erigir novos paradigmas culturais e até espirituais com a finalidade de se implementar uma “cultura de paz e de não violência”, sendo que a verdade é exatamente o contrário disso.
Ao impor por substituição uma nova cultura, você estará declarando guerra à cultura cristã ocidental. E ao invés da “cultura da não-violência”, estaria implementando a violência cultural mesma. Uma violência contra 90% do povo ocidental que se diz cristão.
Entenderam todo o ardil demoníaco contra o Brasil, EUA e Israel?
Pois bem… o povo brasileiro precisa acordar e se preparar para momentos bem problemáticos que teremos em um futuro próximo.
Para findar esse artigo fico com a citação do grande filósofo e nosso Professor Olavo de Carvalho:
“Cultura não é um ente material. Toda a matéria é reflexo da cultura. Só é possível conhecer a cultura através de exercícios imaginativos. Não se consegue ver a cultura, mas apenas seus reflexos. A cultura em si mesma, não está em nenhum objeto material, mas está, por assim dizer, no espírito de quem produziu tudo isso”.
Brasil, acorde!!!
João Carvalho (Colunista) – Economista pós graduado em gestão empresarial pelo CEFET-RJ e Jornalista (0013491/DF)
Contato: joaoctc2007@gmail.com
Instagram: joaoctcarvalho
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A Lei 5.250 de 9 de fevereiro de 1967 em seu Capítulo I sobre Liberdade de Manifestação do Pensamento e da Informação em seu Artigo 1° diz assim: “É livre a manifestação do pensamento e a procura, o recebimento e a difusão de informações ou ideias, por qualquer meio e sem dependência de censura, respondendo cada um nos termos da Lei, pelos abusos que cometer”.
E no Artigo 2° diz: “É livre a publicação e circulação, no território nacional, de livros e de jornais e outros periódicos, salvo se clandestinos ou quando atentarem contra a moral e os bons costumes”.
E por fim a Constituição de 88 no Artigo 5° inciso IV, diz: “É livre a manifestação do pensamento sendo vedado o anonimato”. Inciso IX diz: “garante a liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, livre de censura ou licença”.
Inciso XVI diz: “Garante a liberdade de reunião pacífica, a ser realizada em locais abertos ao público”.