Bom, primeiro, existe a evidente questão da Lei Rouanet.
Antônio Gramsci foi quem criou esse entendimento de que a revolução marxista tinha que incluir os “intelectuais orgânicos” no movimento. A partir dali, o discurso revolucionário deveria continuar se apresentando em favor dos proletários, mas não mais PELOS proletários, porque eles não têm influência na sociedade para exercer essa função.
Portanto, quem deveria assumir a narrativa era uma outra classe, em nome deles.
E quem são os verdadeiros formadores de opinião na sociedade moderna? Artistas, escritores e professores.
Bingo. Gramsci havia encontrado ali a fórmula mágica para tornar toda a sociedade comunista sem precisar sequer mencionar o nome do comunismo.
Basta que eles conseguissem embutir valores revolucionários nas obras de tais intelectuais, que a sociedade como um todo assimilaria a ideologia de Marx sem nem se dar conta disso e, então, agiria de modo a promover tal mentalidade no senso comum.
São os idiotas úteis. Aqueles que não sabem a quem servem e nem para o que servem.
A Lei Rouanet, então, foi apenas um dos artifícios que a esquerda brasileira usou para COMPRAR a consciência da classe artística com milionárias verbas para shows e espetáculos que, de tão ruins, jamais se sustentariam sozinhos.
A lógica é a mesma do que foi feito no Congresso, com o Mensalão, que foi a tentativa de compra das consciências dos parlamentares para que eles votassem favoravelmente aos projetos do governo.
Napoleão Bonaparte já havia dito: “Tenho mais medo de 3 jornais do que de 100 baionetas”.
De fato, as armas podem ser bloqueadas por um exército maior, mas o poder da influência faz a cabeça das pessoas de um jeito que NADA poderá deter.
Para o projeto da esquerda ter sucesso é necessário que eles tenham em mãos essa capacidade de manipular as consciências, afinal, se o objetivo é transformar a mentira em verdade, o errado no certo e os vilões em heróis, ele só será viável a partir da construção de uma BOLHA, que, de tão grande, as pessoas não percebam mais o fim dela.

Pedro Delfino é especialista em História da Civilização Ocidental e História da Igreja Católica; autor do livro Mentalidade Atrasada, Nação Fracassada (que aborda temas como História, Filosofia e Política); do Curso de História Geral da Civilização Ocidental, do Curso de Excelência Catholica, do livro Via Sancta e é co-Fundador do Movimento Brasil Conservador.
contato: Canal no Telegram / Instagram @phdelfino / E-mail: contato@phdelfino.com