Desde que surgiu, contesta-se a autoria do que ficou conhecido como Decálogo de Lênin, lista de dez conselhos escritos pelo revolucionário para guiar os comunistas na conquista do poder em seus países. As dez recomendações de Lênin seriam as seguintes:
- Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
- Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
- Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
- Destrua a confiança do povo em seus “líderes”;
- Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
- Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossêgo na população por meio da inflação;
- Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
- Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
- Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos “democráticos” devem acusar os “não-comunistas” , obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa Socialista;
- Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.

O fato é que, na prática, não importa se o autor do decálogo foi realmente Lênin, uma vez que progressistas e simpatizantes têm seguido à risca (e às vezes até extrapolado) os seus itens em todo lugar que ainda não caiu completamente nas garras do comunismo.
Eles têm corrompido a juventude com ideologia de gênero e feminismo. Eles visivelmente controlam a imprensa e propagam mentiras como se ninguém percebesse. Eles dividem a população em raças, cores, tendências e outros parâmetros sem sentido.
Eles destruíram completamente a confiança da população nas autoridades. Eles tentam prender e controlar a população em nome da “democracia” e do “estado de direito”. Eles promovem greves, distúrbios e tumultos sob a proteção de instituições corrompidas e autoridades compradas.
Eles diariamente contribuem para a corrupção dos valores morais e seus parlamentares estão sempre prontos a acusar seus inimigos de mentirosos, fascistas e genocidas. E eles sem dúvida tentam desarmar a população para que não ofereça qualquer resistência ao seu plano de dominação.
Mas o que chama mais a atenção é como parte do povo se faz de ingênuo e finge não perceber que esse decálogo do mal está sendo abertamente aplicado diante de seus olhos. E o golpe da vez é o financiamento público dos absorventes. Não podemos fingir que apoiar essa excrecência é normal. Não podemos bater palma para doido dançar.
De repente, é como se nunca na história as mulheres tivessem menstruado. É como se tivéssemos que lidar com uma novidade biológica e o ato lúcido do presidente em vetar, em 6 de outubro de 2021, a proposta de distribuição gratuita de absorventes fosse uma loucura ou uma crueldade. Todo o aparato que segue à risca o decálogo de Lênin se mobilizou para criticar o certo em mais um avanço da cartilha comunista contra o dinheiro público.
Um grande problema do Brasil (e do mundo) nos dias de hoje é a existência de grupos inteiros que se comportam como socialistas revolucionários sem fazer ideia de que foram doutrinados para agir exatamente da forma que agem. Qualquer demanda social é elevada à vigésima potência, não para melhorar as condições de alguns, mas para tornar o estado cada vez mais gigantesco.
E não pense que foi Lênin quem começou com isso. Já em 1850, Marx escreveu uma circular à Liga dos Comunistas na Europa com proposta semelhante, sugerindo que seus membros fizessem com que os moderados buscassem intervir cada vez mais na vida das pessoas e radicalizar qualquer proposta sugerida politicamente, conforme pode ser lido abaixo:
Vimos como os democratas vão chegar à dominação com o próximo movimento e como vão ser forçados a propor medidas mais ou menos socialistas. Perguntar-se-á que medidas devem os operários contrapropor. Os operários não podem, naturalmente, propor quaisquer medidas directamente comunistas no começo do movimento. Mas podem:
- Obrigar os democratas a intervir em tantos lados quanto possível da organização social até hoje existente, a perturbar o curso regular desta, a comprometerem-se a concentrar nas mãos do Estado o mais possível de forças produtivas, de meios de transporte, de fábricas, de ferrovias, etc.
- Têm de levar ao extremo as propostas dos democratas, os quais não se comportarão em todo o caso como revolucionários mas como simples reformistas, e transformá-las em ataques diretos contra a propriedade privada; por exemplo, se os pequeno-burgueses propuserem comprar as ferrovias e as fábricas, têm os operários de exigir que essas ferrovias e fábricas, como propriedade dos reacionários, sejam confiscadas simplesmente e sem indenização pelo Estado. Se os democratas propuserem o imposto proporcional, os operários exigirão o progressivo; se os próprios democratas avançarem a proposta de um [imposto] progressivo moderado, os operários insistirão num imposto cujas taxas subam tão depressa que o grande capital seja com isso arruinado; se os democratas exigirem a regularização da divida pública, os operários exigirão a bancarrota do Estado. As reivindicações dos operários terão, pois, de se orientar por toda a parte segundo as concessões e medidas dos democratas.
O trecho faz parte de um texto conhecido como Mensagem da Direção Central à Liga dos Comunistas, escrita por Marx e Engels a partir de Londres em 1850. Ou seja, não é de hoje que os comunistas tentam quebrar as contas públicas como parte de um projeto para chegar ao poder. E nem é de hoje a ideia de usar pessoas comuns (os chamados idiotas úteis) como massa de manobra.
Mas é triste saber que em pleno século XXI, depois de toda a morte causada pelos comunistas, depois de toda a pobreza propagada pelos socialistas, depois de toda a imoralidade pregada pelos esquerdistas, e mesmo com tanta facilidade para obter informações, ainda haja tanta gente que não se revolta com uma proposta absurda como a distribuição gratuita de absorventes.
E você, o que achou da proposta? Concorda com o veto de Bolsonaro? Deixe sua opinião e até o próximo artigo.

Henrique Guilherme (Colunista) É escritor e apresenta o programa O Patriota: A Voz da Resistência. Ele é economista, mestre em Administração Pública e hipnoterapeuta. Também é pós-graduado em Administração de Empresas, Biotecnologia, Matemática e História Militar. Guilherme é geek, patriota, de direita e, principalmente, cristão. Ele dedica sua vida a derrotar as forças do mal e criou a série de livros Guia do Patriota para ajudar todos aqueles que buscam fazer o mesmo