Quando o coronavírus estava para chegar ao Brasil, o nosso presidente deu a famosa declaração de que, para maioria das pessoas que pegasse a doença, tudo não passaria de uma “gripezinha”. A histeria em torno dessa frase foi, como sempre, gigantesca, mesmo sabendo que, de fato, tirando os grupos de risco, contrair a Covid-19 na quase totalidade dos casos não representaria perigo maior do que o de contrair uma gripe comum mesmo. Tanto é assim que o grande especialista global, Dr. Drauzio Varela, deu exatamente a mesma declaração em rede nacional — e eu não vi a Globo o culpando pelas mortes.
No início da pandemia, esse era o senso comum. Todo mundo achava isso. Ninguém sabia ainda com o que estava lidando. Mesmo assim, o Dr. Drauzio manteve a sua reputação intacta enquanto o presidente começou a ser rotulado de genocida. Dois pesos, duas medidas.
Pouco tempo depois, era chegado o tempo do Carnaval. E acreditem se quiserem: o “genocida” decretou, ainda no dia 4 de fevereiro, estado de emergência para conter o coronavírus e enviou ao Legislativo uma PL que criava quarentena e tornava exames, vacinação e tratamento obrigatórios. Mas ninguém deu bola. Os prefeitos e governadores mantiveram todas as festividades carnavalescas e toda a aglomeração possível, numa época que é conhecida pela enxurrada de turistas europeus (foco da pandemia naquele momento).
Moral da história: logo após o Carnaval, o número de casos disparou e o Brasil entrou na rota das nações mais infectadas.
Depois disso, começou o conflito Bolsonaro vs. Mandetta, o então Ministro da Saúde. Como médico que é, deveria ser o seu objetivo salvar vidas, no entanto, consagrou-se a sua brilhante máxima: “Não procure os hospitais logo no início, fique em casa e espere. Se os sintomas agravarem, aí você vai”.
Segundo o genial Mandetta (que agora quer ser presidente), a medida era para evitar a aglomeração nos hospitais. Ele apenas se esqueceu que a única chance que as pessoas têm de sobreviver ao vírus é justamente iniciando o tratamento na fase inicial, pois, depois que o quadro avança, fica muito mais difícil de reverter. Resultado: mais mortes desnecessárias, apesar dos esforços do Presidente em alertar na direção certa.
Mas tudo bem. Brasileiro tem memória curta e ninguém se lembra disso. Até porque, como não era o Bolsonaro o culpado, a mídia não tinha motivo para ficar batendo nessa tecla o tempo inteiro. Agora, por outro lado, uma coisa que ela não para de usar até hoje contra ele é a questão da cloroquina.
O próprio Jornal Nacional, em 07 de maio de 2016, fez uma reportagem exaltando o uso da cloroquina no combate a diversas doenças, como Malária e Zika, inclusive em mulheres grávidas — para se ter uma noção do quão “perigosa” ela é… Surpreendentemente ou não, foi só o Presidente dar as primeiras declarações favoráveis ao experimento com cloroquina para a Covid que toda a imprensa se colocou imediatamente em oposição a ele, independente de quantas pessoas eles poderiam estar deixando de salvar com isso. Mas quem liga? O que importa é a militância.
Pasmem: o simples fato do Bolsonaro defender o direito dos médicos e dos pacientes, em comum acordo, de decidir caso a caso se devem usar o remédio ou não já foi o bastante para reforçar o rótulo de genocida, afinal, ele estava apoiando um remédio que não tinha comprovação científica. Sim, diziam isso esses mesmos que meses depois iriam querer tornar a vacinação (que, igualmente, ainda não possui comprovação científica NENHUMA) obrigatória. Pense só: se você está na cama de hospital morrendo de uma doença que não tem cura e um médico chega para você e diz: “Olha, existe a possibilidade da gente usar esse medicamento aqui. Não é garantido que vai dar certo mas já funcionou para muita gente.”
Que pessoa em sã consciência diria: “Não, obrigado. Eu prefiro morrer a tentar algo diferente”?? Ora, quem se acha no direito de tirar essa escolha das pessoas e dos médicos é que são os verdadeiros genocidas, é que estão condenando as pessoas à morte por causa de uma rixa infantil que eles compraram por causa de politicagem. O Bolsonaro, mais uma vez, estava certo! E se não fosse a oposição querendo demonizar cada palavra que ele dá, muitas pessoas teriam sido salvas com o tratamento precoce que foi negado a elas.
Outra polêmica que muito serviu para reforçar injustamente a má avaliação do governo na pandemia foi a questão Economias vs. Vidas. Não é possível que eu vou ter que explicar algo tão óbvio, mas vamos lá: as duas coisas NÃO SÃO CONTRADITÓRIAS. O Presidente, desde o começo, quis se preocupar com os dois (!!), porque ele sabe bem que as “vidas” dependem inteiramente da economia para tudo. Um país quebrado, por exemplo, não tem condições sequer de bancar serviços de saúde ou de comprar vacinas.
Vocês acham que as vidas dos milhões de desempregados que estão passando fome e sem meios de pagar suas contas não está sendo severamente afetada por essa linha de ação que diz focar tudo na Saúde e abandona o restante? Na grave crise econômica que enfrentamos por causa dos insistentes fechamentos, os suicídios dispararam como nunca antes na história! Quem vai dizer que a vida dessas pessoas importava menos ou que essa forma de conduzir a pandemia está protegendo todas as vidas?
Mais uma vez, o Presidente estava certo. Assim como ele estava certo quando repassou quase R$ 1 trilhão aos Estados e Municípios para combater os efeitos da pandemia e, mesmo assim, os governadores e prefeitos continuam reclamando que não têm leitos e equipamentos para amparar a população.
Traduzindo: eles pegam o dinheiro, não fazem NADA que preste com ele (fora a parte devidamente roubada, logicamente) e, no fim, o Bolsonaro que é o genocida ainda. O mesmo cara que comprou quase 300 milhões de doses da vacina; dose
s essas ainda não distribuídas pelos governadores e prefeitos que devem estar muito ocupados com outras coisas… Mas no final das contas, isso pouco importa, porque ninguém está interessado nos FATOS, mas apenas na histeria que se pode promover tirando vantagem do caos e desgatando ao máximo a imagem do Presidente daqui até as eleições de 2022, para garantir que ele saia e nunca mais volte ao poder.
A oposição já foi pega aumentando as estatísticas sobre as mortes de Covid, escondendo respiradores em parede falsa, superfaturando compras em licitações de emergência, interditando alas de hospitais para aumentar a sensação de superlotação, desmontando hospitais de campanha, caçando trabalhadores nas ruas como bandidos e levando famílias inteiras à falência forçada.
Eu não estou aqui para defender a tese de que o Governo Federal foi impecável em tudo o que fez. Seria impossível isso. Era uma situação nova para todo mundo e ninguém tinha um manual de como agir.
Mas, alinhadas as expectativas, eu estou sim defendendo o FATO de que o Presidente foi o único a se colocar do lado mais sensato de cada situação e do lado do POVO na grande maioria dos casos, enquanto os que o chamam de “genocida” e se autoproclamam “defensores da vida” cometeram erros mil vezes maiores e mais graves, mas, sairão ilesos de tudo isso porque se existe algo que lhe dá imunidade plena no Brasil esse algo é demonizar o Bolsonaro.

Pedro Delfino é especialista em História da Civilização Ocidental e História da Igreja Católica; autor do livro Mentalidade Atrasada, Nação Fracassada (que aborda temas como História, Filosofia e Política); do Curso de História Geral da Civilização Ocidental, do Curso de Excelência Catholica, do livro Via Sancta e é co-Fundador do Movimento Brasil Conservador.
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