O jornalista Oswaldo Eustáquio revelou, ontem (03), a existência de um serviço de espionagem chinesa no Brasil com a função de abrir caminhos para a inserção preponderante de tecnologias e políticas do governo da China em território brasileiro.
Documentos sigilosos das agências de inteligência dos Estados Unidos, CIA e FBI, apontam uma investigação contra Evandro Menezes de Carvalho, professor da FGV e coordenador do núcleo de estudos Brasil-China.
Dados indicam cooptação pelo governo comunista para congregar agentes políticos que atuem em favorecimento da empresa chinesa Huawei na sessão da tecnologia 5G no Brasil. As autoridades norte-americanas, portanto, solicitam a colaboração da Polícia Federal e sugerem a quebra de sigilo telemático do professor, mas se queixam da morosidade do sistema.
Ao ser procurado pela reportagem para que lhe seja dado o direito de resposta à acusação de espionagem, Evandro Menezes de Carvalho se recusa a comentar o assunto e alega que “este não é um procedimento correto de uma república democrática.”
De acordo com a denúncia de Oswaldo Eustáquio, a primeira personalidade política cooptada teria sido ex-presidente da República Michel Temer, em 2016, época em que Evandro esteve na China para sistematizar o encontro com o ditador Xi Jinping, menos de um mês após o impeachment de Dilma Rousseff.
O senador José Serra, que esteve na comitiva chinesa, é outro parlamentar destacado entre os projetos de fortalecimento do governo comunista, inclusive com o alinhamento de parcerias durante a eleição do atual governador de São Paulo João Dória.
Em setembro deste ano, há previsão para uma reunião entre empresários chineses que pretende avaliar negociações de compra de portos marítimos e terras para cultivo de soja e construção de estradas de ferro. Além de aspectos sobre o domínio da tecnologia 5G.