Guerra Cultural Para o que você, cristão, deve se preparar?

Para o que você, cristão, deve se preparar?

"Você seria capaz de se manter firme ao lado de Cristo, sem negar a fé, mesmo com o pescoço na mira da espada? Pois este foi o duro teste que milhões de pessoas tiveram que enfrentar ao longo da história e no qual apenas uma pequena parte foi aprovada", ressalta Pedro Delfino em novo artigo

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A Open Doors, organização internacional que opera em 60 países analisando estatísticas sobre perseguição religiosa, publica anualmente o seu relatório sobre o tema (www.opendoors.org). Nele, não há dúvida: os cristãos JÁ são, hoje, as maiores vítimas de perseguição do mundo. Em 2019, nada menos que 245 milhões de cristãos sofreram algum tipo de perseguição violenta, como assassinato, ameaça de morte, casamento forçado com não-cristãos, ataques a igrejas, a casas, a estabelecimentos…

São dezenas de milhares de casos de ataques terroristas e opressão governamental registrados anualmente, principalmente em países comunistas ou de maioria islâmica. Mesmo assim, a mídia se recusa a exercer o seu papel de nos mostrar o que acontece mundo afora.

Vivemos em um período da história em que existe um choque muito grande entre civilizações. A globalização eliminou as distâncias e colocou universos totalmente separados em contato: o mundo islâmico, o mundo oriental e o mundo ocidental, hoje, são partícipes de uma tensão geopolítica da qual, inevitavelmente, sairá um vencedor no fim.

Mesmo que não haja guerra: é inevitável. Com o transcorrer do tempo, as culturas vão naturalmente definhando ou expandido, proporcionalmente aos níveis de empenho que seus membros têm em preservá-las e difundi-las. Como eu sei? É só olhar para trás. Sempre foi assim.

Ora, é impossível dizer que não estejamos, então, numa situação difícil enquanto ocidentais, uma vez que somos a única civilização dessas três que insiste na temerária mania de enfraquecer a própria cultura. Virou “moda” no Ocidente uma mentalidade daninha que culpa a cultura ocidental por todas as mazelas do mundo e que, por isso, a toma como algo a ser extirpado das futuras gerações.

O intento cultural, então, pretende quebrar os valores estabelecidos a todo custo, mesmo que para isso seja preciso promover outras culturas a fim de beneficiar-se do choque entre elas. Quais outras? A islâmica e a oriental principalmente!

Sim. A coisa é muito pior então, pois, não apenas estamos nos enfraquecendo propositalmente, como estamos inocentemente tomando a ascensão de nossos futuros algozes como algo positivo a ser celebrado.

Até o século VI, a cristandade era formada principalmente pelo Oriente Médio e pelo Norte da África, muito mais do que pela Europa que ainda lutava para catolicizar os bárbaros. Nessas regiões estavam os grandes teólogos, os grandes centros e as grandes comunidades cristãs fora de Roma. Contudo, devido ao surgimento do Islã e o choque entre as duas culturas, a região sofreu uma rápida transformação, de modo que, hoje, é quase impossível para um cristão viver em paz na área que um dia já fora a sua casa.

Pelo rumo que nós mesmos estamos dando à civilização, não tardará e os muçulmanos serão um problema que estaremos enfrentando aqui, assim como a Europa já caiu de joelhos diante do seu inevitável processo de islamização – algo impensável até 50 anos atrás.

A China e a sua sanha de controle mundial através do Partido Comunista não representa ameaça menor. Pelo contrário, está ainda mais próxima de nós com a sua pesada influência econômica, a sua já avançada estratégia de criar países-vassalos e a sua sedutora ideologia que corrompe a juventude e os desmiolados.

Para os que não enxergam um palmo à frente do nariz, isso pode parecer realidade para um futuro muito distante, no entanto, para quem está atento ao caminhar das coisas, é inegável que esse processo está em pleno andamento: já estamos trilhando o caminho da servidão e a única coisa que poderia nos salvar seria uma correção de rota de 180º (que não está dando pistas de que vá acontecer)!

Muito se fala sobre a terrível perseguição romana nos primeiros séculos da Igreja e os numerosos mártires que ela produziu. Um detalhe para o qual muitos não se atentam, porém, é aquele que o Papa Francisco fez questão de chamar a atenção do mundo: “Hoje, há mais mártires na Igreja do que se tinha nos primeiros séculos!” (Oração do Angelus de 23 de junho de 2013).

As profecias e escrituras são claras: o fim dos tempos será precedido por uma fase de intensa turbulência onde a Igreja será novamente perseguida! Diante disso, pergunte-se: você está preparado?

Você seria capaz de se manter firme ao lado de Cristo, sem negar a fé, mesmo com o pescoço na mira da espada? Pois este foi o duro teste que milhões de pessoas tiveram que enfrentar ao longo da história e no qual apenas uma pequena parte foi aprovada.

Se acha que não, ainda há tempo para se fortalecer até lá. Mas comecem agora: convertam-se, façam penitência, rezem, busquem a Deus e fortaleçam a fé. O futuro próximo exigirá, como nunca, o heroísmo e a bravura dos verdadeiros cristãos!

Se você é daqueles, então, que não conseguem negar o mundo, por Cristo, nas pequenas coisas do dia a dia, em condições normais, também não será dos que conseguirão negar a tentação no futuro quando estiver sob grave ameaça.

Hoje, conforme disse Bento XVI, o cristão deve estar preparado para suportar o “martírio da ridicularização”, onde declarar-se cristão, crer nas Escrituras e seguir a Igreja tornou-se motivo de chacota entre os iluministas da pós-modernidade. No entanto, chegará um tempo em que a intolerância contra nós passará do ponto do mero escárnio e censura, atingindo a completa criminalização do cristianismo sob justificativa de “proteger as pessoas da nossa perigosa mensagem”.

Eles têm razão, enfim, pois, a mensagem do evangelho é perigosa de fato. Cristo mesmo foi quem disse (Mt 10,34-36) que veio ao mundo não para trazer a paz, mas para nos separar: entre os ímpios e os salvos, entre os santos e os demônios, entre o céu e o inferno. Cabe a nós, portanto, escolhermos de qual lado queremos ficar.

Pedro Delfino é especialista em História da Civilização Ocidental e História da Igreja Católica; autor do livro Mentalidade Atrasada, Nação Fracassada (que aborda temas como História, Filosofia e Política); do Curso de História Geral da Civilização Ocidental, do Curso de Excelência Catholica, do livro Via Sancta e é co-Fundador do Movimento Brasil Conservador.
contato: Canal no Telegram / Instagram @phdelfino / E-mail: contato@phdelfino.com

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