Certo dia apresentei um estudo sobre guerra cultural em minha igreja. Tomei como base o capítulo 1 do Livro do Profeta Daniel. Ao longo dos capítulos fica nítido para mim, o Cristo em Daniel passando pelas páginas desse Livro primordial para os estudos escatológicos de Apocalípse.
Esse Livro tão antigo sempre foi estudado por grandes homens ao longo dos séculos de sua existência. Cito aqui como exemplo, Cristóvão Colombo e Isaac Newton. Por incrível que pareça foi o Livro de Daniel que compeliu Cristóvão Colombo a navegar por “novos mundos”, pois assim pensava ele que Daniel tinha profetizado coisas sobre o fim dos tempos e Colombo acreditava que, quando o mundo chegasse ao fim, Deus abriria continentes selvagens para a pregação do Evangelho.
Incrível, não é?
Um Livro da Bíblia que fez Colombo se tornar um desbravador e encontrar a América!!! Bom… algo parecido também se deu com Isaac Newton, só que na ciência da física e da matemática. Isaac Newton estudava tanto Daniel que ele mesmo escreveu um livro sobre o Profeta: As Profecias do Apocalípse e o Livro de Daniel. Um gênio da física confirmando que a Bíblia é verdadeira. Quem dera que os “cientistas” de hoje fossem assim, gênios e devotos à palavra de Deus.

Também há uma história sobre a Universidade de Yale que vou contar pra você leitor. A Univ. de Yale teve como seu primeiro Presidente o Reverendo Timothy Dwight cujo mandato foi de 1886 até 1899. Naqueles dias alguns estudantes começaram a estudar a Revolução Francesa e levantaram alguns argumentos contra a Bíblia. Esses começaram a discursar sobre infidelidade e o ateísmo. E passaram, arrogantemente, a desafiar qualquer professor de todo o Campus. E pior, ainda diziam que não acreditavam que a Bíblia fosse verdadeira e não criam mais na existência de Deus.
Daí, o Presidente e Reverendo Timothy Dwight os chamou para uma conversa na capela da Univ. de Yale. Assim que chegaram, o Reverendo pediu para os alunos ateus e pseudo iluministas falarem sobre seus argumentos contra a Bíblia. E o pedido foi atendido e logo em seguida os estudantes começaram a falar. Ao final das argumentações o Reverendo pegou a Bíblia e começou a ler o Livro de Daniel e compará-lo com os livros de história. Enquanto o Reverendo falava os estudantes ficaram calados e por fim se levantaram e aplaudiram o Rev. Timothy Dwight.
Por incrível que possa parecer aquilo que aconteceu em Yale foi um REAVIVAMENTO naquela Universidade, a terceira mais antiga dos Estados Unidos.
Caro leitor, “acho” (na verdade tenho certeza) que ao estudarmos o Livro de Daniel, o próprio Deus nos revelará muitas verdades sobre os nossos tempos e nossas vidas, coisas incríveis como as que aconteceram com Cristóvão Colombo, Isaac Newton e Timothy Dwight.
Mas o que tudo isso tem a ver com guerra cultural?
Vamos lá… se abrirmos o Livro de Daniel em seu último capítulo, Cap. 12, vamos ler nos versos 4 até 13, que as profecias desse Livro são para os tempos do fim. Se estamos a viver nos tempos do fim onde guerras, rumores de guerra, desastres da natureza, ameaças de guerras nucleares (Rússia e Ucrânia; China e Taiwan), fogo, terremotos e enchentes. Tempo em que a união das famílias está se acabando e o crime cada vez mais alto em nossa sociedade. Um tempo de instabilidades sociais e econômicas. Então, Jesus está certo em dizer: “leia e entenda” sobre o Livro de Daniel.
Então vamos entender algumas coisas:
O nome Daniel vem de duas palavras: Dan + El.
“Dan” que é um dos doze filhos de Jacó e que deu origem à tribo dos Juízes de Israel. E “El” = Elohim, que é um substantivo que se refere a Deus. Dessa forma temos uma tradução que fica: “Deus da justiça” ou “Deus do julgamento” ou “Deus é minha justiça”.
Segundo o Professor Olavo de Carvalho, “cultura não é um ente material. A cultura em si mesma não está em nenhum objeto material. A cultura está, por assim dizer, no espírito de quem produziu tudo isso”.
Logo, a cultura está no espírito. Ou seja, na verdade na verdade, guerra cultural é uma guerra espiritual. Literalmente é o bem contra o mal. Vejam… foi a palavra de Deus em Daniel que impeliu Colombo a procurar novos mundos; foram as profecias de Daniel que fizeram Isaac Newton provar, à sua maneira, a existência de Deus; foi o Livro de Daniel nas mãos do Reverendo Timothy Dwight que reavivou o espírito daqueles alunos seduzidos pelo Iluminismo francês.
E é exatamente isso que ocorre no Brasil!
Um país que se deixou levar desde 1922 (a partir da semana de arte moderna) até hoje, 2022, para uma decadência e desgraça cultural extremamente underground, pobre, de péssimo gosto e qualidade, e pior, danosa ao espírito humano.
Podemos assim dizer, sob os “auspícios” das estratégias comunistas do gramscismo, que tudo o que vivemos no Brasil não passa de uma cultura apoiada, incentivada e patrocinada pelo socialismo, pelos revolucionários, pelos ativistas “paulo freireanos”, pelas Xuxas e Anittas da vida, pelas ridículas novelas da Globo e banheiras do Gugu… enfim, são as “culturas” bancadas pela Lei Rouanet, as culturas de gueto do Brasil a fora que prevaleceram e, infelizmente, ainda prevalecem já perfazendo 100 anos de nossa história.
Na época de Daniel foram duas cidades a travarem uma guerra espiritual, Babilônia e Jerusalém. E por causa dos erros do povo de Israel, Jerusalém foi entregue nas mãos de Nabucodonosor, Rei da Babilônia. E o que aconteceu a partir daí? A Babilônia, representando o mal, começou a impor a sua cultura ao povo de Israel. Simples assim!
Só que, Daniel e seus três amigos, não abriram mão de quem eles eram, não abriram mão do Deus de Israel, não abriram mão de sua religião (judaísmo) nem da cultura de seus país e das tradições de seus pais. Permaneceram íntegros em suas almas e consciências e por isso prevaleceram até o fim. Pois, uma das táticas do mal é sempre tentar mudar a sua identidade perante si mesmo, perante Deus e a sociedade. A Babilônia tentou de todas as formas alterar as consciências de Daniel, de seus três amigos e de todo o povo de Israel.
Como tentaram isso?
Em Daniel 1: 6-7, o império babilônico, na pessoa de Nabucodonosor, muda o nome dos quatro. Para quê? Para que na mudança do nome fosse capaz de mudar a identidade deles e, assim, o caráter deles em seguida.
De Daniel passou para “Beltessazar”, ou seja, de “Deus é meu Juiz” para “Bel proteja sua vida”. Ao invés de Daniel ter a proteção e o julgamento do Deus de Israel, ele passaria a ter “a proteção do deus Bel”. (Aqui temos a “segurança” da Babilônia).
De Hananias passou para “Sadraque”, ou seja, de “Yahweh é bondoso comigo” ou “Yahweh é misericordioso”, para “amigo do rei” ou “inspiração do sol”. Ao invés de Hananias depender da bondade e da misericórdia do próprio Deus de Israel, passaria a “contar” com a “amizade do rei”. (Aqui temos os favores e benesses da Babilônia).
De Misael passou para “Mesaque”, ou seja, de “ninguém se compara a Deus” ou “aquele que se parece com Deus”, para “quem é como o deus Lua?” ou “o servo da deusa Sheba”. Ao invés de Misael ter a certeza de que ninguém pode ser comparado ao Deus de Israel, a Babilônia tenta colocar a dúvida de que “quem é como o deus lua?” (Aqui temos a religiosidade da Babilônia).
De Azarias passou para “Abede-nego”, ou seja, de “Yahweh é meu socorro” ou “Deus é minha ajuda”, para “servo do deus mercúrio” ou “servo de Nebo”. Ao invés de Azarias depender do socorro e da ajuda do Deus de Israel, agora passaria a depender das “riquezas das vendas, dos lucros e do comércio do deus dos viajantes e ladrões que era o deus Mercúrio” ou a depender da “escrita e da sabedoria do deus Nebo”. (Aqui temos o dinheiro e riquezas com a inteligência e sabedoria da Babilônia).
Vejam, jamais vai faltar para o mal argumentos e motivos de toda ordem para tentarem corromper a sua alma mudando seu caráter com tudo aquilo que houver de melhor nesse mundo!!! Mateus 16:26 diz assim: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma”?
Tudo que foi descrito acima compõe um processo de despersonificação, a começar pelos nomes das pessoas e depois pelo idioma, literatura, comida, costumes, modo de pensar e cultura. Esses homens estão sofrendo o pior tipo de desterro que alguém pode sofrer que é o desterro da alma. Isso não se compara ao desterro físico de sair (ser sequestrado) de seu país. E é isso que está acontecendo ao Brasil há pelo menos um século e que torna nosso país e o nosso povo brasileiro algo bastante similar ao cativeiro babilônico de Israel. O Brasil sofre, em termos culturais, um “desterro” só que dentro de seu próprio país. Toda cultura a qual estamos submetidos e distribuído em massa pelas nossas mídias não provem de Deus, mas sim provem tão somente de nichos dominados por aqueles espíritos ou “deuses” dos novos nomes Babilônicos que Daniel e seus três amigos receberam…
(continua no próximo artigo)

João Carvalho (Colunista) – Economista pós graduado em gestão empresarial pelo CEFET-RJ
Contato: joaoctc2007@gmail.com
Instagram: joaoctcarvalho
que aula!!! Que aula!!!
Sensacional!!!