Colunistas O poder da notícia boa

O poder da notícia boa

Como seu cérebro reage a positividade da mídia?

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If it doesn’t bleed it does not lead – Esta expressão, que se traduz por “se não sangrar não tem valor”, foi adotada nos anos 80, pela imprensa americana, como lema e forma de se conduzir uma programação televisa ou de criar uma pauta para jornal ou revista. Canais de comunicação perceberam que as reportagens sobre assassinatos e violência melhoravam a audiência e, desta maneira, o sensacionalismo e crimes inundaram a mídia.

Por muito tempo isso funcionou. As notícias geravam medo e as pessoas esperavam encontrar a solução do medo nas próprias notícias deixando elas cada vez mais engajadas com os jornais que eram vendidos e exibidos. Mas os tempos mudaram e se pode perceber o quão tóxico aquele material era. Pouco a pouco, o público sentiu o efeito colateral dessas notícias, e decidiu tomar medidas drásticas e desligar os veículos de notícias.

Atualmente, várias pessoas não assistem aos telejornais, fogem da mídia impressa e até mesmo removem amigos do facebook que costumam compartilhar conteúdo negativo. Embora seja uma estratégia totalmente coerente, ela está longe de ser a ideal tendo em vista que é interessante para o ser humano, que vive em sociedade, estar conectado ao que acontece, não estar alheio as informações.

Mas como saber o que acontece e ao mesmo fugir de tanta negatividade?

O ideal passa a ser não fugir das notícias, mas sim filtrá-las. Encontrar meios de comunicação que não ataquem os seus espectadores com crime e terror. Você pode também conferir as manchetes e escolher o que quer ler, pular as coisas que possam ser mais pesadas.

Vários canais de comunicação adotaram a postura de entregar ao seu público somente coisas positivas como os portais Relevante News, SóNotíciaBoa, Razões para Acreditar. Até mesmo a Folha de São Paulo, um dos jornais de maior circulação do Brasil, lançou uma seção intitulada “Dias Melhores” com intuito de divulgar fatos inspiradores.

E essa postura não é exclusiva do Brasil. Jornais internacionais como o Daily Mirror, Today, Huffington Post, The Telegraph e a BBC também criaram seções de notícias que buscam mostrar o melhor lado do ser humano.

Essa mudança no padrão de como o conteúdo é entregue acontece pois existe, hoje, uma percepção de que o consumo de notícias não é apenas um processo mental. A neurociência mostra que o otimismo e o pessimismo afetam o nosso corpo e mente, o que torna fundamental doses diárias de informação de qualidade. Agindo desta maneira, você cria um equilíbrio entre os opostos (bom e ruim) e melhora a condição geral de saúde.

Neuroplasticidade

Para explicar melhor tudo isso, vamos falar de Neuroplasticidade, uma questão um pouquinho mais técnica, mas que acabou se tornando uma palavra muito comum no nosso vocabulário devido ao fenômeno coach que acontece no Brasil.

O termo refere-se à capacidade do sistema nervoso de mudar, adaptar-se e moldar-se a nível estrutural ou funcional ao longo do tempo ao vivenciarmos novas experiências e aprendizados.

Você já deve ter ouvido falar que pensamento é matéria. O conceito parece meio abstrato mas do ponto de vista científico isso é uma verdade. Toda vez que pensamos em algo acabamos formando uma imagem mental e essa imagem para nosso cérebro é tão real quanto as que vemos no dia-a-dia, de olhos abertos, em estado de vigília.

Resumindo, nosso cérebro não distingue o real do imaginário fazendo com que, ao evocar memórias ou imaginar algo, áreas do nosso cérebro sejam ativadas e neurônios disparem respondendo a esse pensamento com a liberação de algum produto neuroquímico.

Quando pensamentos positivos são gerados ou quando você está feliz e otimista, o seu cérebro libera mais serotonina, gerando uma sensação de bem-estar. Quando os níveis de serotonina aumentam, a pessoa se sente feliz, mais calma, menos ansiosa, mais focada e mais estável emocionalmente.  O pensamento positivo ainda libera dopamina que também é um neurotransmissor que ajuda nesse estado de bem estar ativando o sistema de recompensa do cérebro e o centro de prazer.

Por outro lado, ansiedade, estresse, raiva e outras emoções comumente geradas por notícias negativas e pessimistas geram aumento do cortisol no nosso sistema. A consequência dessa liberação pode gerar alterações neuroquímicas prejudiciais para nossa saúde e até mesmo morte de neurônios e degeneração cerebral. Portanto, não é exagero dizer que a notícia ruim nos mata aos poucos. Sintomas como insônia, ganho de peso, ansiedade generalizada, pânico e depressão podem ser consequências desse padrão negativo.

De maneira mais neural, as ações que tomamos podem literalmente expandir ou contrair diferentes regiões do cérebro, disparando circuitos ou inibindo-os. Quanto mais você pede ao seu cérebro para fazer algo, mais espaço cortical ele configura para lidar com novas tarefas. Ele responde criando conexões mais fortes em circuitos que fundamentam o comportamento ou o pensamento desejados bem como enfraquece as conexões que não importam. Assim, o que você faz e  pensa, vê ou sente, reflete no tamanho de suas respectivas regiões cerebrais e nas conexões que seu cérebro forma para acomodar suas necessidades.

Com base nessas informações é claro dizer que notícias positivas e notícias negativas realmente impactam na nossa estrutura biológica, desencadeando processos químicos que podem agir contra ou a nosso favor. Pensando assim, cabe a cada um de nós treinar o nosso cérebro para filtrar e responder àquilo que desejamos que tenha maior peso em nossas vidas. Hábitos saudáveis, padrão de comunicação positivo e harmonia social são caminhos para um desempenho cerebral melhor.

O que tudo isso significa? Significa que o que pensamos, o que fazemos e o que dizemos realmente importa. Significa que nosso comportamento quem nos tornamos do lado de fora e do lado de dentro e que, com base nisso, devemos usar o conceito de neuroplasticidade a nosso favor, moldando nosso cérebro para a felicidade e bem estar.

Portanto ter pensamentos felizes e direcionar seu cérebro para o lado positivo da vida, abstraindo ou permitindo que o pensamento negativo simplesmente vá embora quando aparecer, sem dúvida é questão de escolha e treino. Selecione o combustível que você quer dar aos seus pensamentos. Uma ingestão regular de informação otimista não só o fará sentir-se mais feliz e satisfeito, como também tem o potencial de diminuir os níveis de cortisol circulante e o seu impacto negativo na sua condição física e saúde geral.


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