Na maioria dos países do mundo uma crescente onda de excesso de mortalidade tem surpreendido “especialistas”, após 2 anos de silêncio sepulcral e de uma ciência baseada nas
táticas do novo estado de exceção que não permitem questionamentos e discussões, aos poucos cientistas, médicos, jornalistas e inclusive entidades especializadas, vem sendo “obrigados” a finalmente abordar um assunto que já não permite mais ser ignorado.
Notícias sinalizando o crescente número de óbitos mundo afora vem sendo destaque em
diversos países, alguns inclusive tendo os números em 2022 superiores aos de 2020 e 2021.
De acordo com o CDC (Centro Nacional de Estatísticas de Saúde):
“O excesso de mortes é tipicamente definido como a diferença entre os números
observados de mortes em períodos específicos e os números esperados de mortes no mesmo período. Esta visualização fornece estimativas semanais do excesso de mortes pela jurisdição em que a morte ocorreu. As contagens semanais de mortes são comparadas com as tendências históricas para determinar se o número de mortes é significativamente maior do que o esperado.”
Em um giro pelo mundo encontramos as seguintes notícias:



Mas o que estaria por trás dos excessos de mortalidade na maioria dos países?
A resposta para essa pergunta carece de análises que não estão sendo feitas e pior, estão sendo
respondidas com suposições que sequer fazem sentido.
Alta mortalidade após o fim da pandemia
No final de 2019 o novo Coronavírus já se espalhava pelo mundo, muitos países tiveram contato com o vírus antes de nós, mas foi dia 8 de dezembro de 2020, com poucos meses após sua fabricação e ainda em fase de testes, que as vacinas contra o vírus foram disponibilizadas. O primeiro país
a começar a vacinar foi os Estados Unidos, a fabricante Pfizer reside naquele país, tendo ele a
prioridade na disponibilização do produto.
Durante todo o ano de 2021 a vacinação aconteceu em todo o mundo, no Brasil a primeira vacina foi aplicada no dia 17 de janeiro de 2021, logo após ter sido disponibilizada no país percussor delas. Ao final do ano de 2021 toda a população do mundo que optou pela vacinação estava imunizada com no mínimo duas doses (o que seria considerado o ciclo completo, antes de descobrirem a queda da eficácia e introduzirem inúmeras doses de reforços).
Sendo assim, o esperado para o período pós-pandêmico seria de que os números de óbitos fossem reduzindo e voltassem aos índices próximos de 2019, antes do novo Coronavírus ter se espalhado pelo mundo. O fato de o vírus mutar e se tornar cada vez menos letal, atrelado com a vacinação realizada em larga escala, fez com que ainda no final do ano de 2021 a Covid-19 deixasse de ser a maior causa de mortes. No entanto, o fenômeno que observamos em praticamente todo o globo terrestre, ao contrário do esperado, mostra uma alta mortalidade que não está retornando aos patamares pré-pandêmicos e em muitos lugares as mortes em 2022 tem ultrapassado os óbitos registrados durante os piores anos de pandemia.
Apesar desses excessos de óbitos já serem visíveis e não ser mais possível ignorá-los os artigos que listei acima seguem basicamente o mesmo repertório, parecendo inclusive seguir um “script” pré-determinado.
Já no primeiro artigo a justificativa para o número de vacinados morrendo estar acima dos não vacinados é de que o número de vacinados é maior do que os de não vacinados, sendo assim,
logicamente os óbitos serão maiores entre eles, parece fazer algum sentido?
A mudança climática também entra na conta das justificativas de mortes, na Inglaterra e País de
Gales por exemplo, a mortalidade de 13% acima da média dos últimos 5 anos foi registrada entre
os meses de julho e agosto, dentre as causas: doenças cardíacas e pulmonares, cânceres,
demência e doença de Alzheimer, o artigo cita ainda que as causas para os excessos de mortes
não são claras, mas joga na conta da Covid uma explicação de que as pessoas estão ficando mais
doentes e vulneráveis depois da doença e que as altas temperaturas do verão também podem
justificar os óbitos.
Já na Suíça, sem grandes explicações é relatado que 2022 está dentre os anos com maior
mortalidade desde 1877, a conta vai para o Coronavírus, logicamente.
Na Áustria resolveram fazer um mix de “CoronaGripe” para justificar que os anos de 2020, 2021 e 2022 estão com os registros de óbitos praticamente iguais e, apesar de jogar a culpa no mix de resfriados o artigo finaliza dizendo:
“A taxa de mortalidade persistentemente alta também é impressionante porque o número de mortes por corona caiu significativamente no ano anterior.”

Por incrível que pareça, por mais que a baixa letalidade da Covid-19 seja mundial, ainda assim
as pessoas parecem ter receio de declarar publicamente que os excessos de morte já não são mais causados pelo vírus, mas como então poderemos analisar as causas e traçar estratégias
para o enfrentamento desse problema, se não nos é permitido uma discussão científica, lógica
e racional acerca do assunto?
Um artigo publicado no Journal International de Médecine cita que a mortalidade de 2022 na
França é idêntica ao primeiro ano da pandemia no país (2020) e ligeiramente maior que o
segundo ano da pandemia (2021), consideram uma explicação plausível o envelhecimento da
população e jogam o aumento da mortalidade nas ondas de calor vividas no verão, completam:
“10.400 excesso de mortes em comparação com 2019 foram registradas durante o verão 2022,
incluindo 3.000 durante as ondas de calor, mesmo que seja “muito complicado distinguir entre mortes por Covid, aquelas devido à onda de calor e outros”, diz Sylvie Le Minez, chefe do Estudos demográficos do INSEE.”
Poderia parecer piada, após 3 anos de pandemia um especialista dizer que é complicado
distinguir mortes por Covid daquelas causadas por uma onda de calor, como podemos ter
certeza então que os números da pandemia são reais se até hoje relatam terem dificuldade de
diagnosticar óbitos tão distintos?
Segundo o estudo publicado no Jama Network, os Estados Unidos e mais 20 países analisados
também enfrentam as altas taxas de mortalidade de difícil explicação, o artigo faz voltas e mais
voltas e não chega a uma explicação lógica sobre o assunto, ele justifica a vacinação como um
“redutor de mortalidade”, mas os excessos de mortalidade se dão por demais causas, não sendo
mais a Covid-19 o principal motivo, qual relação teria então a vacinação, quando observamos
um fenômeno de óbitos que já não são mais pelo vírus?
Se atentem ainda, para os dados sobre “conflitos de interesses”, através dele podemos verificar
quem está por trás de determinado estudo, no artigo em questão, os subsídios são feitos pelo
CDC, inúmeras outras universidades e entidades, atuando o autor como assessor especial do
diretor-geral da Organização Mundial da Saúde; e sendo ele sócio de risco da Oak HC/FT e sócio
da Embedded Healthcare LLC e da COVID-19 Recovery Consulting. Não me parece alguém isento de interesses por trás dos resultados.
Em 2022 o CEO da seguradora OneAmerica, Edward Down publicou o livro intitulado “Cause
Unknown”: The Epidemic of Sudden Deaths in 2021 & 2022 (“Causa desconhecida”: a epidemia de mortes súbitas em 2021 e 2022), a três anos ele vem estudando os números e as altas taxas de mortalidade em excesso, principalmente entre os mais jovens.

“De fevereiro de 2021 a março de 2022, os millennials experimentaram o equivalente a uma guerra do Vietnã, com mais de 60.000 mortes em excesso”, disse ele. “A guerra do Vietnã levou 12 anos para matar o mesmo número de jovens saudáveis que acabamos de ver morrer em 12 meses.”
Durante o 3º e 4º trimestre de 2021 a morte na faixa etária de 18 a 64 anos foi 40% maior que antes da pandemia. A maioria das mortes não foi atribuída à Covid. “Foi uma estatística que
abalou a terra”, disse Dowd.
A Covid não é uma causa significativa de morte em jovens, então o que causou o aumento de
mortes nessa faixa etária?
Josh Stirling, ex-investidor institucional e analista de seguros de Wall Street, foi recrutado por Dowd para ajudar a reunir evidências. Stirling estudou os dados de excesso de mortalidade dos Centros de Controle de Doenças dos EUA (CDC). A geração “millennials” (jovens e adultos que nasceram antes dos anos 2000), viu um excesso de mortalidade no 2º semestre de 2021, 84%
acima da linha de base.
Em 2006, o Hospital Universitário de Lausanne, na Suíça, analisou a morte súbita cardíaca em
atletas com menos de 35 anos de idade. Eles encontraram 1.101 casos em um período de 38
anos. O site goodsciencing.com informou que, até dezembro de 2022, 1.616 atletas sofreram
paradas cardíacas e que 1.114 deles estavam mortos, apesar de terem sido imediatamente
atendidos por socorristas qualificados.
Dowd levanta questões relevantes como:
“O que causou esse pico histórico de mortes entre os jovens?”
“O que causou a mudança de mortalidade de pessoas idosas, de quem se espera que morram,
para pessoas mais jovens, de quem se espera que continuem vivendo?”
“Não é COVID, claro, porque sabemos que COVID não é uma causa significativa de morte em
jovens.” Finaliza ele.
Na Finlândia os registros de morte tiveram uma alteração, durante a pandemia um teste de
Covid realizado 30 dias antes da morte confirmava o óbito com Covid, essa foi a orientação feita pela OMS para os registros de óbitos durante a pandemia, portanto se uma pessoa morresse de acidente de carro, mas positivasse para o vírus, seu óbito seria registrado como morte por Covid, agora os óbitos são registrados baseados em uma certidão de óbito emitida pelos médicos, o número de óbitos por Covid caiu imediatamente 40% e ainda assim os excessos de morte por todas outras causas tem preocupado o país.
Na Coréia, o número de pessoas hospitalizadas por pneumonia totalizou 314.775 em 2019, mas
o número caiu para 183.157 em 2020, quando o Covid-19 começou a se espalhar, e para
126.753, em 2021. Como podemos ter números tão reduzidos de pneumonia durante a
pandemia? Será que os registros nesse período estão de fato corretos ou pacientes com
pneumonia foram colocados na conta da Covid-19? E se levantássemos esses dados em todos
os países, será que encontraríamos informações semelhantes?
As explicações dos ”especialistas que não devem ser nomeados” são diversas, mas nenhuma
parece de fato explicar os motivos das altas taxas de mortalidade mais de um ano depois do
final da emergência sanitária no mundo.
O fato é que o “não tão novo Coronavírus” deixou de ser a principal (e única) causa de morte no mundo a mais de um ano e abriu espaço para que outras doenças voltassem aos “trend topics”
dos óbitos.
Doenças cardiovasculares (infarto, AVC, tromboses, morte súbita, cardiopatias, etc),
doenças pulmonares (pneumonia, embolia pulmonar, etc.), cânceres, alzheimer e demências apresentem-se atualmente como as principais causas de morte em grande parte do mundo.
Esses dados são chocantes e nos chamam a atenção, afinal, se no ano de 2022 o excesso de
mortalidade ultrapassou os anos de pandemia SEM e COM vacinas, o que de fato estaria
causando esse aumento de mortes suspeitas, repentinas e muitas delas em pacientes jovens e
saudáveis? E mais, porque ninguém está aparentemente querendo falar sobre isso, ou pesquisar mais a fundo os problemas que podem estar envolvidos nesses excessos de mortes que se estendem pelo mundo?
Como poderia ser o calor, quando o fenômeno ocorre também em países de temperaturas mais
baixas? Ou o frio, se ocorre também em países tropicais?
Porque continuamos quase como em transe, falando apenas sobre o Coronavírus quando a mais de um ano ele deixou de ser o motivo dos excessos de morte?
Essas perguntas carecem de respostas, de forma séria e urgente!
Mortalidade no Brasil
Segundo os dados do Portal da Transparência em 2019, antes da pandemia de Covid-19, foram
registrados 1.291.197 óbitos por todas as causas no país, em 2020, primeiro ano de pandemia
no Brasil, foram registrados 1.485.400 óbitos por todas as causas, em 2021, no segundo ano de
pandemia e com a vacinação tendo início em janeiro, 1.757.233 registros de óbitos foram
emitidos e em 2022, com a população amplamente vacinada, grande parte com 3, 4 ou 5 doses da vacina, 1.479.469 pessoas morreram por todas as causas no país, tendo números
semelhantes ao primeiro ano de pandemia, quando não haviam ainda vacinas disponíveis.
No entanto, segundo levantamento feito pelo Poder360, em novembro de 2021 as mortes
atribuídas ao Covid-19 deixaram de ser a principal causa de morte no país, sendo registrado no primeiro semestre de 2022 uma queda de 83,2% nos óbitos pelo vírus e uma redução e 97,5% dos óbitos pela mesma causa no segundo semestre do ano.
Além das mortes por Covid terem redução, as mortes por outras causas tiveram crescente
aumento, inclusive se comparados com os anos anteriores a pandemia, os registros de óbitos
no Brasil aumentaram 14% nos 10 primeiros meses de 2022 em comparação com o mesmo
período de 2019. O levantamento feito pela Arpen mostra que o crescimento de mortes é oito
vezes maior que o crescimento anual médio de óbitos registrados antes do surgimento da
Covid-19.
Doenças cardiovasculares voltam a ser os principais motivos de preocupação no Brasil,
carecendo de maior atenção já que o fenômeno que observamos é de que existe um aumento
exponencial para essas causas, inclusive entre os mais jovens. Outro motivo de alerta tem sido
referente aos números de casos de câncer que possuem uma previsão de aumento no mundo
todo, com alerta de que a epidemia global acometerá principalmente pessoas abaixo dos 50
anos, o INCA (Instituto Nacional de Câncer), estima que veremos 704 mil casos novos de câncer no país por ano até 2025, o que nos dá mais de 2 milhões de novos casos de câncer em 3 anos.

Até quando o “Viva a Ciência” continuará sendo um bordão?
Ciência, do latim scientia, significa conhecimento. Definida por Aristóteles como “conhecimento demonstrativo”, ou seja, um conhecimento comprovado que pode ser expressado por demonstração e fundamento em observações, testes, análises e experimentos considerando as diversas hipóteses sobre o assunto. Muitos dizem ser mais fácil explicar o que não é a ciência do que de fato o que ela seja, a ciência não é igual a fé, que é uma crença inquestionável, ela precisa ser testada e comprovada e ainda assim, ela pode ser modificada conforme as provas se mostrem diferentes após testagens.
Passou da hora de deixarmos de tratar ciência como um “bordão” e trazermos de volta a seriedade e a lógica para esse debate.
A comunidade como um todo e principalmente a comunidade científica precisa assumir que
existem falhas e erros graves diante do que o mundo enfrenta hoje, os erros de uma ciência que não pode ser questionada custaram e ainda estão custando vidas!
Quais as similaridades de todos esses países e regiões que registram aumentos de mortalidade?
Como poderíamos acreditar que todos esses aumentos, em todos os locais são exclusivamente por conta de demora em tratamentos ou atrasos em diagnósticos se já passou mais de um ano desde o fim dos lockdowns?
O que as pessoas que estão morrendo têm em comum umas com as outras?
Quais investigações estão sendo realizadas pelos órgãos competentes?
Por que o número de jovens e jovens adultos acometidos por doenças cardíacas e cânceres estão aumentando?
A ciência precisa ser independente, moldada não por um soberano, mas por cada nova descoberta, ela não produz verdades indiscutíveis, a ciência na realidade produz discussões.
A ciência simplesmente não existe sem o debate!
Parafraseando Edward Dowd:
É difícil aceitar tantas mortes repentinas inesperadas de jovens atletas, conhecidos por serem os mais saudáveis entre nós. Da mesma forma, quando muitos adolescentes e jovens adultos saudáveis morrem durante o sono sem motivo aparente, desmaiam e morrem em um passeio em família ou caem mortos enquanto praticam esportes, isso por si só levanta uma preocupação imediata de saúde pública. Ou pelo menos costumava.
Pergunte a si mesmo se você se lembra de ter visto esses tipos de coisas ocorrendo durante sua
própria vida – no ensino fundamental? No ensino médio? Na Faculdade?
Quantas vezes em sua vida você ouviu falar de um artista caindo morto no palco no meio de uma apresentação? Sua própria experiência de vida e intuição lhe dirão que o que você está prestes
a ver não é normal.
Ou pelo menos não era normal antes de 2021.
Já não é mais possível ignorar o que está acontecendo, só espero que não seja tarde
demais.

Tay Pellegrini, esposa, mãe e empresária. Atua no setor jurídico e por longos anos foi da área farmacêutica. Conservadora, cristã, patriota, pró-vida, à favor da liberdade! Sonha em contribuir com a restauração dos valores e da cultura perdida nas últimas décadas.
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E no Artigo 2° diz: “É livre a publicação e circulação, no território nacional, de livros e de jornais e outros periódicos, salvo se clandestinos ou quando atentarem contra a moral e os bons costumes”.
E por fim a Constituição de 88 no Artigo 5° inciso IV, diz: “É livre a manifestação do pensamento sendo vedado o anonimato”. Inciso IX diz: “garante a liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, livre de censura ou licença”.
Inciso XVI diz: “Garante a liberdade de reunião pacífica, a ser realizada em locais abertos ao público”.