Pisístrato foi um Tirano da antiga Atenas onde foi governante de 546 a.C. e 527 a.C. Era um nobre aristocrata e rico, além disso foi também campeão Olympico de quadriga mais ou menos em 532 a.C. Pisístrato era um primo distante de Sólon que promoveu reformas políticas e econômicas como foi dito em artigo anterior.
Na época em que Atenas travava uma guerra, Pisístrato tomou do inimigo o porto que estava sendo controlado por Mégara e com isso conquistou fama junto ao povo ateniense. Atenas se encontrava dividida em duas facções políticas, assim como hoje, quando a imprensa diz o tempo todo que o Brasil está polarizado.
As facções políticas em Atenas eram os da “Planície” que eram os conservadores Eupátridas, aristocratas latifundiários. A outra facção eram os da “Costa” que compreendia os mercadores, comerciantes, negociantes, ou seja, os empresários da época. Pois bem, aparece Pisístrato e cria a tal terceira via, os “Montanheses”, que misturavam elementos da aristocracia com elementos populistas para favorecer o pobre do meio urbano e também o camponês.
Segundo o historiador e geógrafo Heródoto, Pisístrato resolveu simular um ataque do inimigo entrando na ágora de Atenas com ferimentos que ele mesmo fez em si. Foi dessa forma que Pisístrato se “empoderou” junto ao povo, fingindo ser vítima de um ataque/atentado dos seus inimigos que tentaram mata-lo (se existisse a Globo naquela época, ele estaria lá como ator de algum dramalhão ridículo dessa emissora).
Após essa encenação falsa, por incrível que pareça, ele conseguiu obter dos cidadãos atenienses uma guarda pessoal, como se fosse uma milícia privada, o que era na época algo inconcebível, pois aquele que pudesse ter um pequeno exército poderia tomar ou apoderar-se da cidade toda pela força das armas.
O próprio Sólon, antecessor e primo distante, recomendou que não dessem tal guarda particular.
Pisístrato falava a linguagem do povo e falava aquilo que o povo queria ouvir. Dizia que os grandes e poderosos eram os responsáveis pelas mazelas e sofrimentos do povo da Grécia; dizia que eram os ricos que os impediam de obter ascensão econômica e social, ou seja, ele falava exatamente as mesmas mentiras que os comunistas falam até hoje em dia. Pisístrato era um grande demagogo, uma pessoa que se comportava de maneira ambiciosa e interesseira, manipulador dos interesses do povo e tudo isso através de discursos. Enfim, era um populista cínico.
Resultado de tudo isso:
Pisístrato conquistou em 560 a.C a Acrópole. E adivinhem como? Com a guarda que o povo havia confiado a ele. Em 559 a.C ele foi derrubado por aquelas duas facções e abandonou a cidade. Tempos se passaram e Pisístrato foi para o norte da Grécia e se recompôs economicamente e com a riqueza que adquiriu formou um exército próprio de mercenários.
Em 546 a.C. o exército de mercenários derrotou o exército de Atenas e tomou a cidade tornando-se seu Ditador por 19 anos até que morreu em 517 a.C.
Mas e daí tudo isso com Lula e a Terceira Via?
Vejam senhores, acho que fica fácil depois desse resumo sobre o Tirano Pisístrato. A esquerda capitaneada pelo Lula sempre agiu dessa mesma forma como nosso personagem grego, de forma demagógica, sempre se vitimizando sobre tudo e diante de todos, sempre acusando os ricos e banqueiros pela desgraça do povo, mas ao mesmo tempo sempre estiveram juntos e inseparáveis.
A linguagem da esquerda radical (comunista) do Lula sempre teve um mesmo sentido, o tom acusatório e denunciativo e ao mesmo tempo vitimizante de si mesmo e dos pobres. E a culpa é sempre dos mais abastados, dos empresários, da elite, com a qual os comunistas sempre se alinharam.
Não é a mesma demagogia? Até mesmo a encenação de pisístrato pode ser atualizada pela perda do dedo do Lula, pois há um vídeo que circula na internet dizendo que aquilo foi de propósito para ele não trabalhar e viver só do sindicalismo político como sempre fez.
Pisístrato era um demagogo que deu um golpe e tomou o poder pela força de mercenários armados em Atenas.
E eu digo a todos:
não se espantem caso haja nos próximos tempos algo parecido com o tal “exército do Stédile” (palavras do próprio Lula) ou de ações armadas do MST e MTST. São canalhas da elite (assim como Pisístrato) que domina e instrumentaliza os pobres analfabetos desses movimentos e que se utilizam da miserável condição deles como “escada” para subirem ao poder. Exatamente igual.
João Carvalho
Foi a esquerda radical que tentou matar o nosso presidente, foi um militante fanático do PSOL e ex-PT que esfaqueou o Bolsonaro. No entanto, vemos o Lula dizer com toda desfaçatez do mundo:
“aquela facada pra mim tem uma coisa muito estranha, uma facada que não aparece sangue em nenhum momento, uma facada que o cara que dá a facada é protegido por seguranças do Bolsonaro, a faca que não aparece em nenhum momento”, (entrevista concedida aos jornalistas Juca Kfouri e José Trajano na superintendência da PF em Curitiba).
Exatamente como fez o teatral e demagogo Pisístrato em Atenas ferindo a si mesmo para enganar o povo. Não se espantem caso apareça algum “atentado” fake mirabolante contra o próprio Lula, pois na minha opinião são capazes de qualquer coisa e de forjar uma tentativa de homicídio apenas para se vitimizarem e colocarem a culpa nos “bolsonaristas”.
Tanto o Lula como toda a esquerda sempre usaram os mesmos mecanismos teatrais e psicológicos que foram usados em Atenas.
E a Terceira Via? Lembram do começo da vida pública de Pisístrato? Havia duas facções políticas em disputa e esse formou a terceira facção apenas como “escada” para galgar ao poder. PSDB, MDB, Cidadania, União Brasil, Ciro, Tebet e Soraya, todos com o mesmo anseio de serem mais um “Pisístrato” na nossa história política.
Sempre eles dizendo que são a favor do pobre e mais necessitados e ao mesmo tempo se dizendo em favor do crescimento econômico e contra a “polarização”.
Ora senhores, ainda bem que existe a polarização, pois se não existisse só teríamos um pólo, um só lado, o lado deles, o lado da esquerda e centro esquerda e nada mais.
Continuaríamos a ser um país unipolar, assim como foi ao longo de mais de 30 anos. Da mesma forma que a Terceira Via de Pisístrato era um “Cavalo de Tróia” para os próprios atenienses, assim também é essa Terceira Via que nada tem de novo, nada tem de melhor, nada tem de proposta e nada tem em candidaturas confiáveis e leais ao povo brasileiro.
A Terceira Via no Brasil é só mais uma tentativa desses “Pisístratos à brasileira” tentarem permanecer no poder por mais tempo. São candidaturas fracas e inócuas por não terem nada a dizer ao povo, a não ser mais e mais demagogias cínicas ao estilo de típicos charlatães políticos.
Brasil, acorda!!!
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João Carvalho (Colunista) – Economista pós graduado em gestão empresarial pelo CEFET-RJ e Jornalista (0013491/DF)
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