O mandatário da maior potência mundial foi facilmente subjugado e calado por um grupinho de hipsters californianos, na casa dos 20 anos, cujo poder os permitiu banir o seu próprio Presidente do mundo virtual e, com isso, cortar a sua capacidade de comunicação direta com o povo, que, se fez necessária de início justamente para acabar com as distorções que o monopólio da informação praticava.
Foi um duro golpe no estômago da democracia. Mesmo assim, penso que ainda não caiu a ficha para a nossa geração do surrealismo que representa esse acontecimento, testemunhado por todos nós.
Mas, o pior de tudo é que isso pode facilmente virar moda entre aqueles que, por não conseguirem dobrar a verdade aos seus interesses, sentem-se seduzidos pelo artifício da censura como um atalho para vencer o jogo político.
Até mesmo quem fez carreira pintando a si mesmo como um mártir da luta democrática está suscetível a isso. Miriam Leitão, que há pouco lançou seu livro com alertas aos leitores sobre um suposto risco que a democracia está correndo, não sentiu pudor algum em ela mesma atacar a democracia pedindo pelo igual banimento do seu Presidente nas redes.
É aquela velha história: democracia para mim, ditadura para você, liberdade para mim, censura para você.
O candidato Lula já se pronunciou NOVE vezes sobre a sua intenção de regular a mídia, após deixar a cadeia. Mas, isso, para a Miriam Leitão e toda a classe jornalística, não representa risco algum, porque eles estão do mesmo lado nesse jogo.
Isso me faz lembrar das palavras de Eduardo Jorge, admitindo o caráter ditatorial dos grupos armados (grupos esses que Miriam apoiava como militante do Partido Comunista) dos anos 60 e 70, que, curiosamente, diziam lutar contra a “ditadura” militar.
Ora, eles não eram contra ditadura nenhuma, eles eram contra o fato de não serem ELES os ditadores!
Miriam, por sua vez, também não é contra a censura, como ela mesma se disse por toda a vida, afinal, é a primeira a apoiar a censura quando se trata de calar aqueles que ela não pôde vencer com argumentos.
Enquanto isso, mesmo sendo difamado diariamente, Bolsonaro continua defendendo a liberdade, até mesmo dos seus adversários…

Pedro Delfino é especialista em História da Civilização Ocidental e História da Igreja Católica; autor do livro Mentalidade Atrasada, Nação Fracassada (que aborda temas como História, Filosofia e Política); do Curso de História Geral da Civilização Ocidental, do Curso de Excelência Catholica, do livro Via Sancta e é co-Fundador do Movimento Brasil Conservador.
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