Durante uma reunião com os ministros da saúde dos países que compõem o G20, realizada em Roma, em setembro, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, elogiou o programa de vacinação do Brasil e celebrou o fato do país estar na transição entre país importador para exportador de vacina.
Isso se dá pelo fato de que a Fundação Oswaldo Cruz em breve passará a produzir doses próprias, feitas de maneira 100% nacional. Além disso, a farmacêutica brasileira, Eurofarma, trabalha em conjunto com a americana Pfizer para a produção nacional de mais dez tipos de imunizantes.
O governo federal tem investido pesado por meio de seu Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, a fim de ampliar a capacidade do Brasil de responder positivamente a eventos pandêmicos, se tornar autossuficiente e ocupar uma posição de liderança perante a comunidade internacional. Para isso, o plano já em desenvolvimento é a criação do Centro Nacional de Vacinas, em Minas Gerais, nos moldes do que existe em Oxford, referência mundial, que vai permitir que o Brasil produza suas próprias vacinas a partir do ano que vem, não só para a Covid-19, mas também para a Dengue, Zika, Chicungunha, Malária, Febre Amarela etc. O projeto vai promover a independência de tecnologia na produção de lotes de vacinas e testes de diagnóstico para doenças humanas e veterinárias.
O projeto inclui ainda a criação do primeiro laboratório com nível 4 de segurança da América Latina, para preparar o Brasil para outras eventuais epidemias do tipo.
Já na semana passada, novamente em Roma, foi a vez do próprio Bolsonaro receber elogios de Tedros Adhanom, em nome da OMS, que disse estar feliz com o andamento da vacinação no país e com os projetos que podem colocar o Brasil na vanguarda da comunidade internacional no tocante à saúde. Por isso, pediu o apoio do governo brasileiro para a criação de um Grupo de Trabalho no âmbito da OMS para auxiliar os Estados na preparação dos sistemas nacionais de saúde no cenário pós-Covid.
Tedros ainda se mostrou novamente satisfeito, em encontro recente com a Ministra dos Direitos Humanos, ao dizer que, pelas dificuldades logísticas do nosso território continental, o Brasil tem atingido marcas expressivas e importantes, como ter conseguido vacinar 80% da população indígena.
Tudo isso se dá ao mesmo tempo em que a imprensa noticia, em tom de deboche, que o Presidente foi “motivo de piada” no encontro do G20 e ao mesmo tempo em que a insistência na tese da desastrosa resposta do governo à pandemia, do negacionismo e da anticiência continua na maior cara de pau.
O próprio diretor-geral da OMS, tão celebrado pelos globominions e coronafreaks como a personificação da “ciência”, parabeniza o Bolsonaro, diz que a nossa resposta está sendo positiva, que está satisfeito com o andamento das coisas por aqui… e a imprensa — a quem teoricamente se atribui o papel de reportar os fatos — não apenas NÃO noticia isso, como continua afirmando o contrário! Afinal, essa informação poderia destruir a sua narrativa de oposição política.
Essa é a maior prova de que o jornalismo no Brasil não serve mais para retratar a realidade mas apenas para criar a realidade que eles querem que exista. Agora eu pergunto então: vocês vão acreditar no que diz a mídia ou no que os seus próprios olhos estão vendo?
Fontes:

Pedro Delfino é especialista em História da Civilização Ocidental e História da Igreja Católica; autor do livro Mentalidade Atrasada, Nação Fracassada (que aborda temas como História, Filosofia e Política); do Curso de História Geral da Civilização Ocidental, do Curso de Excelência Catholica, do livro Via Sancta e é co-Fundador do Movimento Brasil Conservador.
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Excelente análise.