Estamos vivendo uma revolução cultural planejada há cerca de 150 anos. O Manifesto Comunista de Karl Marx de 1848 contém a semente de um projeto para destruir a família e abolir a religião.
O objetivo de “destruir a família” está expresso nesta passagem da bíblia do socialismo, o Manifesto Comunista:
“Até os mais radicais ficam indignados com e propósito infame dos comunistas de suprimir, abolir a familia“. Mas sobre que fundamento repousa a familia? Aí ele diz: “Sobre o capital, sobre o ganho individual”. (Editora Boitempo, 2010, São Paulo, pág. 55)
Nesta passagem, Karl Marx não só reconhece o objetivo do socialismo de destruir a família, como também expõe o motivo: “o fundamento sobre o qual repousa a família seria o capital, o ganho individual.”
Na mesma obra, Karl Marx propõe a abolição da religião e da moral:
“Abolir as verdades eternas, é abolir a religião e a moral, em lugar de lhes dar uma nova forma. E isso contradiz a todos os desenvolvimentos anteriores.”
Observe e reflita. “Abolir as verdades eternas e a religião” significa proibir o culto a Deus, não apenas para os cristãos, mas para qualquer outra religião. Todos os regimes socialistas executaram fielmente este mandamento socialista e tentaram transformar o líder carismático – Joseph Stalin, Fidel Castro ou Mao Tse Tung – em uma espécie de Deus (culto à imagem), e o regime socialista em um “céu” terreno.
Hoje sabemos que ficaram mais perto do inferno. Ao lançar as bases do socialismo, portanto, a proposta expressa é a destruição de todos os fundamentos sociais existentes, inclusive abolir a família, a religião e a moral.
Anos mais tarde, no século XX, se desenvolveu uma teorização mais profunda sobre isso. E aí vocês podem recorrer aos autores da chamada Escola de Frankfurt, Erich From, Herbert Marcuse e Max Horkenheimer, que desenvolveram a estratégia e a tática de realização dessa revolução cultural socialista.
A sexualidade dos jovens foi escolhida por eles como o grande alvo de ação cultural, especialmente por meio da liberação sexual em geral e da erotização das crianças. Tudo está delineado expressamente no livro Eros e Civilização, de Herbert Marcuse. Nesse livro está exposta a tática a ser executada para que se obtenha o que eles chamam de Metanoia dos jovens das novas gerações.
A palavra metanoia é um conceito grego e significa transformação da mente, mudança do modo de pensar. E é Herbert Marcuse, o grande pai da revolução sexual dos anos 60, como todos sabem, quem formula a ideia de que “se as crianças e adolescentes forem desde cedo estimulados sexualmente” eles mudarão seu modo pensar e viver.
Perceba bem o que o socialista Herbert Marcuse propõe: a prática sexual na infância como instrumento de mudar a mentalidade das pessoas. Essa ação de erotizar crianças vai transformar a sociedade futura, porque esses jovens e crianças erotizados não irão formar família monogâmica. Veja o que Marcuse afirma em seu livro:
Essa mudança no valor e extensão das relações libidinais (erotização de crianças e adolescentes) levaria a uma desintegração das instituições em que foram organizadas as relações privadas interpessoais, particularmente, a família monogâmica e patriarcal.” (Eros e Civilização, 8ª ed., ITC editora, 1999, pág. 177)
O que este autor propõe é que as crianças sejam estimuladas a todas as práticas sexuais desde a primeira infância, pois supõe que ao alcançar este objetivo sórdido “desintegrará a família monogâmica patriarcal”.
A intenção expressa do socialismo cultural, portanto, é destruir a família monogâmica patriarcal, ou seja, o modelo bíblico de família, como está no livro de Gênesis, capítulo 2,24 e em Efésios capítulo 5,31.
Então, resumindo a história, o pensamento socialista cultural organizado, por meio de diversos autores como Herbert Marcuse, Theodor Adorno e Max Horkenheimer, formulou entre 1930 e 1960 as estratégias de revolução cultural socialista para as nações ocidentais. Está escrito em livros. Eu citei alguns aqui.
Atualmente, nós estamos na fase de execução pública dessa perversa estratégia. Porque houve uma fase de execução particular, onde as pessoas não sabiam o que estava acontecendo. Hoje todo mundo já sabe.
O ativismo sexual propõe abertamente que vai ensinar as crianças a se masturbar e que as crianças vão ter permissão para praticar brincadeiras sexuais entre si ou com adolescentes. Tudo isto já é realidade
nas escolas brasileiras de ensino básico.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais-PCN do Ministério da Educação expressamente admitem a autonomia de vontade sexual às crianças, desde 1997. Em certa passagem do PCN afirma-se:
“E natural que as crianças toquem em seus órgãos genitais ou dos colegas. Incumbe ao professor intervir para que não o façam em sala de aula. Isto não é motivo para contar para os pais. Afinal, incumbe aos alunos e professores estabelecer as regras que devem ser respeitadas na escola.”
A lei brasileira impõe, ao contrário, que o professor comunique à família todas as situações relevantes referentes aos filhos menores, pois incumbe à família a criação e educação dos filhos. (Constituição, artigo 229 e Código Civil, artigo 1.634)
O que foi implantado nas escolas brasileiras, porém, não é a lei, mas os conceitos ideológicos ilegais contidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Isto é fato, e é preciso restaurar o respeito às leis na Educação.
Então esse é o ambiente sim de uma revolução sexual perversa. E eu abro um parêntese aqui para dizer que tudo isto é ilegal no Brasil.
O grande problema ao falar e dar ênfase a teorias ou questões de sociologia ou filosofia, é que nos esquecemos que tudo isto que estão fazendo com as crianças é ilegal no Brasil. E é dessa questão legal que esses ativistas querem fugir. Eles querem de nós o debate filosófico, sociológico ou religioso e está tudo certo e maravilhoso. O que eles não querem de forma alguma são as leis. Porque as leis proíbem o que eles estão fazendo, e em muitos casos constitui crime.
Então a minha colocação, portanto, é que existe essa revolução cultural socialista, só que, independente do nome que se dê para essas práticas, constitui crime ou grave dano moral às crianças praticá-lo em ambientes midiáticos ou na escola.
Incumbe aos homens e mulheres de bem, especialmente professores e pais, exigir o respeito aos direitos de crianças e adolescentes.
Leia o próximo artigo >> Ideologia de Gênero: Eles querem abolir a ideia de que existem macho e fêmea
Este conteúdo é parte do livro Querem calar a igreja cristã – A revolução sexual global de Guilherme Schelb | Curso para líderes cristãos | Adquira o livro clicando aqui!

Guilherme Schelb – Defensor dos direitos e da dignidade humana especial de crianças e adolescentes, Procurador da República, Palestrante e autor de livros sobre Infância, Educação e Família
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