Já vimos que Erotizar crianças é uma estratégia política e que os autores do socialismo são expressos quanto à estratégia básica de destruir a família. Eu relembro que o Manifesto Comunista propõe isso abertamente desde 1848:
“Abolir a família é o propósito do socialismo”
Por que abolir a família?
É importante a gente considerar o porquê.
Em um livro chamado “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado“, Friedrich Engels explica os motivos pelos quais é preciso destruir a família cristã. Para o socialismo, a família monogâmica é o primeiro lugar de exploração criado pelo homem. Na antropologia socialista, a família monogâmica, ou seja, a família formada por um homem e uma mulher, é o primeiro lugar de exploração, de antagonismo de classes, como os socialistas falam com tanta frequência, onde o homem explora a mulher. É assim que o socialismo compreende a família, a família cristã. Portanto a proposta de destruir a família vem do século XIX.
Só que no século XX, os autores socialistas desenvolveram táticas aprimoradas e dissimuladas para alcançar esse perverso objetivo. A questão é: não fica bem dizer que querem destruir a família, não é mesmo?!
Como assim destruir a família?!!
Se um político socialista afirmar isto publicamente jamais será eleito. Eles, então, mudaram a forma de dizer o que desejam e evitam dizer diretamente que pretendem destruir a família. A tática é propor a autonomia de vontade sexual e o reconhecimento de direitos sexuais a crianças e adolescentes, que é uma forma de erotizar as crianças, com outro nome.
É um mecanismo direto para neutralizar as famílias futuras. Porque ao erotizar uma criança, ela se torna sexualmente alterada. À medida que você alcança as crianças alterando sua sexualidade, elas não vão formar família monogâmica, aquela formada por um homem e uma mulher, ou seja, a família tradicional.
O socialista Herbert Marcuse afirma exatamente isto:
Essa mudança no valor e extensão das relações libidinais (erotização de crianças e adolescentes) levaria a uma desintegração das instituições em que foram organizadas as relações privadas interpessoais, particularmente, a família monogâmica e patriarcal.” (Eros e Civilização, 8a ed., LTC editora, 1999, pág. 177)
Então esse ideal socialista de destruir a família tradicional está nos livros e é público. Não há nenhuma discussão ou dúvida sobre isso.
Outro motivo para a destruição da família é porque, sob o olhar autoritário do socialismo, a família representa um filtro inoportuno e inadmissível para o poder político central.
Imagina você ter um pai e uma mãe que podem fazer críticas ao governante, que podem orientar os filhos a não seguirem o que o Governo determina. Então a família representa um filtro extraordinário de liberdade das pessoas, porque o poder político pode exercer as suas funções, mas quando chega na família, o pai e a mãe podem discordar e dizer para o filho: “Não, isso que o Governo está fazendo não é correto”.
E o pensamento socialista totalitário não aceita que haja esse filtro da mãe e do pai, que muitas vezes pode não chancelar ou concordar com o que o Poder central determina.
Importante, aqui, salientar a relevância de treinar as famílias das igrejas a mentoriar e orientar seus filhos menores com o conhecimento das leis e da verdade. É fundamental que os conhecimentos desse artigo sejam disseminados nas famílias e objeto de reflexão dos jovens também. E isto deve ser feito por meio de um discipulado, pois os conhecimentos são muito delicados e complexos.
Mas não é só a família que é objeto da ação do socialismo cultural, mas as escolas e as igrejas também.
Este o motivo pelo qual o socialista alemão Max Horkenheimer propõe que a ação socialista cultural priorize atuar sobre essas três instancias: família, escola e igreja.
Segundo a teoria socialista, esses são os locais primordiais onde se forma no individuo a noção de autoridade. Os pais estabelecendo para os filhos desde o nascimento a disciplina, a autoridade do pai e da mãe. Perceba. A autoridade familiar é a primeira a ser estabelecida na vida das crianças. A segunda autoridade são os professores. É enorme a influência que os professores têm na vida de seus alunos, crianças ou adolescentes. Muitos adolescentes têm nos professores quase uma segunda família, pois abrem seu coração para ouvir a opinião do professor.
É interessante isso.
Os pais têm responsabilidade civil pelos atos de seus filhos. Se seus filhos praticam um ato ilícito os pais que têm que pagar o dano. Está no artigo 932 do Código Civil. Professor não! Ele fala para os alunos o que bem entender e se os alunos fizerem alguma coisa com base nos conselhos ou sugestões do professor, quem arca com as consequências é a família. Então veja, eu estou dando aqui já uma noção clássica de responsabilidade civil. A autoridade suprema na criação e educação dos filhos menores é a família porque a lei impõe deveres rigorosos aos pais. Por isso, os professores devem estar atentos e respeitar os valores morais e religiosos que as famílias estabelecem para os filhos menores. E quem fala isso não sou eu, é a Convenção Americana dos Direitos Humanos, artigo 12 inciso 4:
“Os pais têm o direito a que os filhos menores recebam a formação religiosa e moral que estejam de acordo com suas próprias convicções.”
Isto significa que os pais não só têm o direito de estabelecer os valores morais e religiosos a seus filhos menores, mas, prestem atenção, que os pais também têm o direito de exigir que, quem for tratar desses temas com seus filhos, o faça conforme os valores de sua família.
A igreja é a terceira instancia de autoridade, porque exatamente ainda na infância ou na adolescência é onde as pessoas reconhecem uma autoridade suprema, Deus. Então essas três instancias família, escola e igreja são as instâncias que Max Horkenheimer, o socialista cultural alemão, estabeleceu acertadamente como alvo de transformação (e destruição), pois são os locais, em suas palavras, “de primeira coerção moral e ética do indivíduo”. Em outras palavras, onde se estabelece a noção de autoridade, a formação das novas gerações, que é exatamente onde o socialismo cultural quer agir prioritariamente: Destruir a família, aparelhar os professores e escolas e coagir ou eliminar a religião. (Estudos sobre Autoridade e Familia)
A igreja é um grande oponente desse ideário socialista autoritário, porque o chefe do Governo vai estar sempre submetido ao poder de um Deus absoluto. Esse Deus absoluto é um problema para todos os regimes autoritários. Por isso é que o nazismo, o socialismo, enfim, todos os regimes autoritários, aboliram ou perseguiram as igrejas.
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Guilherme Schelb – Defensor dos direitos e da dignidade humana especial de crianças e adolescentes, Procurador da República, Palestrante e autor de livros sobre Infância, Educação e Família
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