Como foi dito nos dois últimos artigos, o comunismo é uma religião política por ter objetivos universalistas, com promessas escatológicas e de abrangência totalitária. E por isso ou por causa disso o comunismo é uma soteriologia, pois possui uma “fórmula mágica” para a “salvação da humanidade”.
Mas como isso será alcançado?
Segundo Marx, no seu Manifesto Comunista, deve-se destruir toda e qualquer tipo de propriedade privada, destruir a família e, por fim, destruir Deus.
Vejamos:
O que caracteriza o comunismo não é a abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa: “… os comunistas podem resumir sua teoria nesta fórmula única: abolição da propriedade privada”. (Manifesto Comunista, 1848, Marx e Engels).
“Abolição da família”!!!
Até os mais radicais ficam indignados diante desse desígnio infame dos comunistas: “a família burguesa desvanece-se naturalmente com o desvanecer de seu comportamento, uma e outra desaparecerá com o desaparecimento do capital”. (Manifesto Comunista, 1848, Marx e Engels).
Mas o comunismo quer abolir estas verdades eternas, quer abolir a religião e a moral, em lugar de lhes dar uma nova forma: “… a revolução comunista é a ruptura mais radical com as relações tradicionais de propriedade. Nada de estranho, portanto, que no curso de seu desenvolvimento, rompa, do modo mais radical, com as ideias tradicionais”. (Manifesto Comunista, 1848, Marx e Engels).
Veja bem caros leitores, tudo já está dado desde de 1848 no Manifesto Comunista, mas hoje, como tudo isso é posto em prática pela esquerda?
Através das “políticas sociais” tão propaladas pelos seus partidos. Reparem bem que a maioria das tais “políticas sociais” são todas elas ligadas ao corpo ou fazem referência ao corpo, ao sexo, ao prazer, à carne. Como por exemplo: o gayzismo, abortismo, liberação das drogas, destruição da família, descriminalização do tráfico, descriminalização do crime em si, proteção e incentivos cada vez maiores aos direitos dos bandidos, políticas de não condenação criminal, do não encarceramento e do afrouxamento das leis penais, feminismo radical, políticas de saúde pública que visem a mutilação dos órgãos sexuais dos homens e das mulheres (os seios)… etc.
Como se pode ver, tudo ligado ao corpo, tudo ligado ao sexo, tudo ligado ao prazer, tudo ligados ao físico e sempre com o intuito de destruí-lo, deformá-lo, mutilá-lo e viciá-lo. Sempre para vilipendiar e escravizar o ser humano através do corpo.
E porquê?
Apenas uma dica: na palavra de Deus está escrito que o nosso corpo é templo do espírito. Vou explicar:
Todos nós, cristãos, sabemos que o corpo é a sede do nosso espírito e de nossa alma ( alma aqui como sendo a sede das emoções, desejos, pensamentos, razão, sentimentos, raciocínio e intelecto), então, como o comunismo tem a finalidade de ser uma religião imanente, materialista e ateísta, portanto, ser uma soteriologia material para a humanidade, tudo o que estiver aqui em nosso entorno e dentro de nós devem ser destruídos para dar lugar ao “Diabo”… ops… ao comunismo, ao “novo homem”, ao “novo mundo”, tendo como deus o Partido ou o Estado (Lênin) ou ter o proletariado como deus (Marx).
Compreendem agora o porquê de todas as “políticas sociais” da esquerda serem direcionadas para destruir o seu corpo e, portanto, a sua alma???
Os gregos viam o homem como corpo e alma (para os clássicos a alma equivalia ao espírito. A visão deles era bidimensional). E para nós cristãos o homem é corpo, alma e espírito.
Certo?
Veja que tanto para os gregos como para nós cristãos, todas as dimensões se articulam livremente e de forma perfeita. Tanto é assim que, para os clássicos, era a alma que estudava, sentia e filosofava e não o corpo. Porém, a partir do renascimento a ideia de corpo vai sendo revista. E os filósofos modernos (a partir de Descartes, 1601) fazem uma separação entre essas dimensões (corpo, alma e espírito).
Veja você leitor, os filósofos modernos afirmavam não haver espírito. E que a alma, antes transcendente, passa a ser imanente, pois René Descartes coloca a alma na glândula Pineal, logo, a alma passa a ser matéria.
Está aí o porquê de todos os ateístas, iluministas, positivistas e marxistas serem estudiosos tão-somente de filósofos modernos. Aliás, todas as universidades brasileiras só leem filósofos modernos (renascentistas) e filósofos do iluminismo, do positivismo, do marxismo e do lixo frankfurtiano.
Coincidência não é?
Só que não meus amigos!
A intenção é reduzir o ser humano a tão-somente um corpo biológico sem alma nem espírito e nada mais, ou seja, transformar você em um zumbi.
Ao contrário da esquerda, os conceitos ligados ao “ser humano”, não tem nada a ver com o ser humano em si, mas sim com conceitos ligados aos jargões político-jurídicos com intuito de se fazer uma reengenharia humana e, por conseguinte, uma reengenharia social. Pois está na base do movimento comunista a necessidade de se reescrever a história do mundo e do homem. Reescrever a história do homem através do poder político e de suas “políticas sociais”.
É a desconstrução do ser humano tanto no sentido grego como no sentido cristão. É o esvaziamento da alma humana, o esvaziamento da moral bíblica, o esvaziamento filosófico greco-românico-judaico e, portanto, da sua inteligência. Ou seja, é o esvaziamento espiritual do Homem. Tudo para a desconstrução e destruição do ser humano criado por Deus.
Na verdade, na verdade, nunca foi do interesse do comunismo a construção e a edificação do ser humano.
Todas as políticas sociais da esquerda são formas de se fazer reengenharia humana para que todos fiquem permanentemente dependentes do deus comunista, o Estado.
Sempre preparando a sociedade para o aniquilamento da pessoa e ao mesmo tempo para a tentativa diabólica de se construir uma nova forma de humanidade.
Essa construção de uma nova humanidade faz parte do processo soteriológico do comunismo: a salvação da humanidade pelos seus agentes messiânicos que trarão um novo paradigma de mundo a ser imposto pela violência, injustiça e destruição de toda a civilização ocidental.
O único erro que vai existir é se você não for também um comunista convicto de sua salvação pelo Estado.
Brasil, acorde!!!
João Carvalho (Colunista) Economista pós graduado em gestão empresarial MBA – CEFET-RJ, Jornalista (DRT 0013491/DF)