Infelizmente o Brasil estava em franca decadência rumo ao totalitarismo comunista de Antônio Gramsci. A cada dia que se passava mais e mais o nosso país se tornava uma ditadura como descrito por Aldous Huxley. O Brasil foi e ainda é o país que melhor implementou o gramscismo no mundo. A pergunta é: como isso foi possível?

Todos sabemos que para Marx e Lênin o comunismo deveria ser implementado pelas classes inferiores da sociedade, pela classe proletária, através de uma revolução armada e violenta. Essa é a ideia da tal “revolução do proletariado“. Resultado: até hoje em nenhum lugar do mundo isso deu certo e jamais dará. Porém, para A. Gramsci a revolução não se daria assim, pelas armas, mas sim pelo caminho mais inteligente, mais demorado, mais suave e bem menos brutal. Para Gramsci tanto Marx quanto Lênin estavam errados quanto ao método de se implementar o comunismo. Karl Marx estava errado em achar que as massas de trabalhadoras estavam enraivecidas com seu lugar na sociedade, cheias de ódio e ressentimentos contra a sociedade burguesa e que por causa disso irromperiam uma revolução. O que realmente havia na Rússia de Lênin e que também existe aqui no Brasil de hoje, é sim uma elite minoritária inconformada, raivosa e invejosa bem organizada e disposta a qualquer coisa para manter seus cargos de poder e influência, haja vista “mensalões” e “petrolões” para bancar tamanha cobiça por poder.
O certo é que onde houve o comunismo, houve violência, corrupção, coerção, ódio, perseguição, censura e etc, que só geraram banhos de sangue por onde passou.
O que Gramsci percebeu com muita inteligência foi que a tal “Revolução do Proletariado”, espontânea e inevitável era e é só uma Quimera. Jamais aconteceria por uma simples razão e observação: Gramsci percebeu que o cidadão comum do dia a dia se importava realmente com: Deus, sua família e o seu país.
Inacreditável, não é?
Sob esse aspecto de sua observação Gramsci estava totalmente certo. Tanto é verdade que, com o advento da Primeira Guerra Mundial, todos os marxistas revolucionários ficaram pasmos ao verem os trabalhadores de todos os países pegarem em armas para defenderem suas respectivas nações, sua cultura, sua soberania, numa demonstração clara de patriotismo e amor pelo seu país.
Na visão dos marxistas os soldados da Primeira Grande Guerra (trabalhadores) defendiam seus Estados burgueses.
Bom… enfim… voltemos a Deus, família e pátria. O que Gramsci entendeu e os revolucionários não, é que “Deus, família e pátria” são o resultado de valores que ocupavam as mentes e os corações dos homens e mulheres de todos os países e civilizações até então.
Gramsci percebeu que o grande inimigo é e sempre foi a fé cristã com um sistema moral que banhava o ocidente havia dois mil anos. E que isso estava profundamente enraizado na vida das pessoas de tal modo que se tornava um muro de contenção fortíssimo contra a revolução comunista. Sempre que o comunismo revolucionário tentava derrubar a fé cristã (o nosso muro de contenção) forças anti comunistas se levantavam e aniquilavam o inimigo.
Então, Gramsci resolve criar um método para implodir a sociedade ocidental burguesa e derrubar a fé cristã para só assim acessar as mentes e corações coletivamente de toda a sociedade. Gramsci sabia que isso levaria décadas para se consolidar. Mudar a visão do mundo cristão para uma visão de mundo marxista levaria gerações. E para isso escreveu que todas as forças de esquerda, inclusive as não comunistas, sindicatos, partidos e movimentos políticos, organizações de classe e intelectuais se unissem contra um adversário comum, a fé cristã.
Hoje, se olharmos com uma certa atenção, perceberemos facilmente que tudo isso foi alcançado aqui no Brasil com extremo êxito: comunistas, socialistas, trabalhistas, sindicalistas, ambientalistas, sexistas, feministas, movimentos raciais, grupos religiosos de esquerda, gaysistas, artistas, educadores, abortistas, grupos pró criminosos disfarçados de grupos civis pelos direitos humanos etc etc e etc… o que importava para Gramsci era que todos estivessem unidos para juntos subverterem a cultura ocidental e a fé judaico-cristã.
Gramsci queria a hegemonia
Hegemonia cultural e, consequentemente, a hegemonia política e nunca mais sair dela.
Hegemonia é a preponderância de alguma coisa sobre outra. Para Gramsci hegemonia era a dominação de uma classe sobre a outra, só que não pela violência, mas sim pelos meios culturais. Era preciso enraizar nos corações e mentes das pessoas a visão e os conceitos marxistas de mundo de forma hegemônica ao ponto de se ter “o poder onipresente e invisível de um imperativo categórico, de um mandamento divino”.
Gramsci pregava a infiltração generalizada nos estamentos burocráticos, a famigerada “ocupação de espaços” com o desígnio de criar essa hegemonia, ou seja, de ter o controle sobre o imaginário popular, controle da cultura e, por fim, o controle das pessoas. Dessa forma, ainda que elas venham a se opôr, não conseguirão deixar de seguir tais ideias marxistas. É a cooptação das mentes de todo um povo.
Então, para se chegar a essa hegemonia, Gramsci traçou o que deveria ser feito. Ora, se a hegemonia era cultural, nada mais óbvio que partir para a conquista das instituições culturais, mídias (rádio, TV, internet, revistas, jornais, editoras…), escolas, universidades, centros de pesquisa, igrejas, literatura, tribunais, partidos, sindicatos, ou seja, como diz o Professor Olavo de Carvalho, “dominar todas as classes falantes” desse país.

Foi fácil para Gramsci entender que se você controla a mente dos indivíduos que fornecem as informações, então não será necessário o controle das fontes dessas mesmas informações. Pois todos os que fornecem informações já estarão revestidos de uma cultura totalmente cooptada ao marxismo. E é aqui que eu faço jus à citação de Aldous Huxley logo no início desse artigo. Afinal de contas, uma mente cooptada para o marxismo, é uma mente cognitivamente blindada não mais assimilando nem compreendendo nada que vá contra seus valores e convicções pervertidos que estão petrificados em sua cabeça. Consequentemente, tais pessoas “amariam a sua escravidão“.

João Carvalho (Colunista) – Economista pós graduado em gestão empresarial pelo CEFET-RJ
Contato: joaoctc2007@gmail.com
Instagram: joaoctcarvalho
O marxismo é uma teologia gnóstica, satânica, onde o homem é feito para perceber que ele é seu próprio Criador, seu próprio sol verdadeiro que gira em torno de si mesmo. Max se vê como portador da luz, Lúcifer, a Estrela da Manhã, que desperta essa consciência gnóstica e se rebela contra Deus e a ordem.