Mentiram para você a vida toda e vou te explicar por que!
Para compreendermos essa afirmação é preciso retornar à história e compreendermos que a estrutura política no texto bíblico gira em torno de um sistema de governo pouco conhecido por muitos que é a Teocracia.
Parece ser utopia, mas não é. Esse é o modelo divino que tem como base a revelação de Deus e que Deus transformou essa revelação em algo escrito, esse conjunto de normas e leis que na nossa cultura é chamada de constituição, na Bíblia tem outro nome: Torá, cujo significado não é lei como muitos afirmam, mas instrução. Se quisermos ignorar o fato da Torá ou instrução ter sido dado à um povo específico não isenta as demais nações de seguirem os mesmos princípios e isto porque todas as nações desde os primórdios da história, sempre tiveram, em seu consciente coletivo um arquétipo ideal de civilização, basta lermos a série Ordem e História- vol I de Eric Voegelin que escreve: “Não há nação que seja notadamente próspera e que sirva de modelo sem que tenha uma estrutura legal que resguarde seus cidadãos e que revele o propósito de Deus para sua criação.”
Tendo isso em mente, me parece que a história já tentou nos ensinar acerca disso e como incapazes de aprender com os próprios erros na maioria das vezes, repetiram os mesmos erros, como bem disse Winston Churchill certa vez:
“A democracia é o pior dos regimes políticos, mas não há nenhum sistema melhor que ela.”
Será que não há mesmo?
Será que não existe nenhum sistema capaz de organizar a vida humana que proporcione paz, liberdade, prosperidade fora do ambiente democrático?
Se você acha que não, você não conhece e nunca conheceu a Deus e a Bíblia que tem em suas mãos!
A história da revelação de Deus ao homem é resultado da perda de domínio do próprio homem sobre a criação e seus elementos, e o regaste de Deus para a história da humanidade é o resgate dessa autoridade, ou seja, o restabelecimento desta ordem. É nesse conceito de restabelecimento da ordem, Deus inicia o processo de revelação dentro da história culminando em um elemento que muitos conhecem de forma pejorativa por desconhecer o seu conceito original que é o Messias.
E quando afirmamos que política e religião não se discutem, estamos pisoteando toda a história e o legado de um povo. Porque quando analisamos a história real, veremos através de simples constatações que religião sempre se misturou com a política.
O pensamento que tenta dicotomizar essas duas esferas de influência tem um propósito bem claro, tirar o elemento religioso do cotidiano da vida do cidadão, se eu tirar a fé o que me resta? Crer no sistema, crer no homem pura e simplesmente? A disputa não é por política e religião não se misturarem, a questão é que querem acabar com sua fé sem você perceber.
E se fé e política não se misturam, o que você diria se estivesse presente durante os 40 dias em que Jesus, pela narrativa do livro de Atos 1. 6-11, afirma que ele andou pelas ruas de Jerusalém ressurreto ensinando seus discípulos acerca do Reino de Deus e um dos seus discípulos lhe fez uma pergunta muito importante: “É neste tempo que vai restaurar o reino a Israel?” Os discípulos judeus de Jesus, sabiam muito bem que ele era o Messias, e que Messias é um título de Rei, de ungido, é a manifestação da vontade própria divina, isso é conhecido como Teocracia, Deus governando através do seu ungido. E o mecanismo que Deus deu ao homem para trazer esse governo é o que conhecemos como lei, são princípios. E princípios não podem ser aplicados plenamente sem o elemento que o introduz de maneira clara, o conceito de Messias.
Existe um conto judaico que narra a discussão de dois rabinos sobre questões legais e eles não entravam em consenso então, aplicaram o princípio que se utiliza em toda disputa que não há uma clareza sobre a questão, que é: quando o Messias vier, ele nos esclarecerá todas as coisas, porque ele é a própria Torá viva, ou seja, a própria instrução de Deus viva. Esse conto que para muitos pode parecer apenas uma ficção, para os discípulos de Jesus do primeiro século era um axioma, uma verdade absoluta, porque eles entendiam Apocalipse 19.13 “E o nome pelo qual ele se chama é a Palavra de Deus”.
O que não percebemos é que Jesus mesmo vivendo em uma Jerusalém helênica no primeiro século não tinha as leis romanas como sua regra de vida, ele não baseou a sua vida de acordo como as palavras de alguns que na vida a Bíblia e no STF a Constituição, se Jesus estivesse passeando por Brasília diria: “Na vida a instrução divina e em qualquer outro lugar somente a instrução divina, porque é nessa instrução divina que há o que existe de poder e diretriz para todos os aspectos da vida humana.” Essa era a crença absoluta de Jesus e os discípulos, desde o nascimento, infância, adolescência, vida adulta, velhice e até a morte, sobre todos os ciclos da vida de um indivíduo estava presente a normativa divina, ela é a responsável por manter o indivíduo no caminho correto, não é a toa que Salmos 119, o Salmos que glorifica a palavra de Deus diz que ela é lâmpada para os meus pés e luz para os meus caminhos.
Qualquer discípulo deveria saber que a palavra de Deus é o elemento principal da nossa vida religiosa, e sim temos vida religiosa. Porque se você vive pautado nessa palavra, religião e política sim, se misturam porque na vida acima de tudo, a Palavra de Deus.
Colaborou comigo no artigo o Profeta e Mestre Henrique Silva – Instagram @zera.tov
O Relevante News valoriza a liberdade de expressão. A opinião do colunista é autônoma e de responsabilidade do respectivo comunicador, que é livre para expressá-la sem qualquer interferência.A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a opinião do Relevante News.

Kharyna Accioli (Colunista)
Pastora, Leader Coach e Analista Comportamental
Excelente introdução ao tema “POLÍTICA E RELIGIÃO NÃO SE MISTURAM”. Ledo engano!!! Indubitavelmente aquele que ingressa no poder público com o desiderato de trabalhar para o bem comum, deve fazê-lo com todo zelo da representação daqueles que o colocaram nesse relevante papel, ou seja: não é a sua vontade que deve prevalecer, mas sim à da coletividade! . Não se pode concordar com esquemas de corrupção nem com roubalheira, como esteve acontecendo nas últimas duas décadas antes do atual governo. Não podemos apoiar “representantes” que defendem leis contrárias aos princípios de Deus, pois governar contra Deus é laborar em erro e atrair sobre si e sobre a nação o juízo dos céus.
Aliás, nas Santas Escrituras, temos o exemplo de Neemias, que foi um político que se envolveu com os dramas do seu povo, pois ao saber que a cidade dos seus pais estava com seus muros derrubados e suas portas queimadas a fogo, pôs-se a chorar; a dor do seu povo era a sua dor! Mas, Neemias foi além: sentiu e agiu; ele orou e jejuou; ele buscou a ajuda do céu e do rei para resolver o problema que atingia sua nação. Precisamos de políticos que amem a Deus e ao povo; líderes que se aflijam com o que aflige o povo. Os muros quebrados falavam de insegurança pública e as portas queimadas da falta de justiça nos tribunais. Alguma coincidência com os dias atuais ? Enquanto recrudesce a violência, escasseia a justiça, mormente com a atual composição do mais alto Tribunal do País! Infelizmente, sentimo-nos inseguros e órfãos de justiça! Precisamos de políticos que tenham compromisso com Deus e com os homens, de líderes que tenham sentimentos profundos e ações concretas de restauração dos valores que mais prezamos, e não de pessoas que querem solapar esses valores para atender aos seus mais vis objetivos em manifesto detrimento de um povo!