Esse mito surgiu por causa de alguns estudos publicados no passado, que supostamente comprovavam que as mulheres ganham em média 20% a menos (outros chegam a falar em 30%!).
Mas, prestem atenção no termo “em média”.
Esses estudos não compararam o perfil de mulheres específicas com o de homens específicos, de mesma função, empresa, carga horária etc. O que eles trazem é um somatório da renda média de todas as mulheres em comparação com a renda média de todos os homens. E esse detalhe muda tudo porque, desse jeito, são desprezados fatos importantes que possuem impacto direto no rendimento individual de cada um.
Esses mesmos estudos mostram que os homens, EM MÉDIA, possuem estatísticas melhores em 3 quesitos determinantes nessa comparação de rendimentos: começam a trabalhar em uma idade menor do que as mulheres, trabalham uma quantidade de horas maior por semana e têm interesse por carreiras que naturalmente pagam mais.
Sempre lembrando: EM MÉDIA. Isso quer dizer que existem mulheres, sim, que terão tudo isso em seu favor. E, quando isso acontece, elas ganham mais (!!) porque o mercado recompensa as pessoas pela produtividade e não pelo sexo de cada um. No entanto, esses casos não são a maioria, por isso que, levando em consideração o somatório geral, os homens ganham mais.
Ou seja, não há machismo. Não há discriminação. Existe apenas a lei do mercado retribuindo cada um de acordo com as suas próprias escolhas de vida. As mulheres são livres para ganhar muito mais do que a média dos homens — e muitas ganham! Não tem nada impedindo isso.
Aliás, se as mulheres realmente ganhassem menos do que os homens para exercer as mesmas funções, por que os patrões não contratariam apenas mulheres, a fim de aumentar seus lucros???
Os mitos feministas são sempre assim: surgem a partir de uma distorção da realidade e vão se espalhando, fazendo a cabeça das massas, que, por pura corrupção da inteligência, não se prestam a fazer as perguntas básicas para atestar se aquilo faz algum sentido.
Mas eu entendo. Se as feministas começassem a se questionar, talvez não existisse mais feminismo para contar história…
“Career and Family: Women’s Century-Long Journey Toward Equity” – Universidade de Harvard – autora: Claudia Goldin
“Relatório sobre o mercado de trabalho — 2001-13” – Fundação de Economia e Estatística do governo do Rio Grande do Sul – autores: Guilherme Stein e Vanessa Sulzbach

Pedro Delfino é especialista em História da Civilização Ocidental e História da Igreja Católica; autor do livro Mentalidade Atrasada, Nação Fracassada (que aborda temas como História, Filosofia e Política); do Curso de História Geral da Civilização Ocidental, do Curso de Excelência Catholica, do livro Via Sancta e é co-Fundador do Movimento Brasil Conservador.
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