No artigo anterior, “Admirável Mundo Novo dos nossos dias“, escrevi sobre como Antônio Gramsci desenvolveu a derrubada da cultura ocidental e da fé judaico-cristã por meios menos violentos, tomando e ocupando os “espaços falantes” por onde todo o pensamento, informações, opiniões e, principalmente, o imaginário popular se manifesta junto às mentes e os corações de toda uma nação. Pois bem… mas como poderíamos “desenhar” tal estratégia em etapas para se obter a hegemonia cultural tal como dito pelo próprio Gramsci, “o poder onipresente e invisível de um imperativo categórico, de um mandamento divino?
1) O Enfraquecimento e combate incisivos dos elementos da cultura tradicional de um povo
Culturas e tradições que sustentam aquele “muro de contenção” (termo que usei no artigo anterior) contra as ideias marxistas. Atacar e combater as igrejas através de infiltração de ideologias como a “Teologia da Libertação” e ideias de “justiça Social”, “Igualdade Social”, “Fraternidade entre todos os povos”, “Liberdade da Opressão” etc, etc, reduzindo a igreja cristã a uma espécie de “departamento de caridade aos pobres e de doutrinação marxista pseudo cristã”, transformando as tradições milenares do cristianismo em um costume irrelevante. Ridicularizar Jesus, as igrejas, o casamento, a família normal composta por um homem, uma mulher e filhos; ridicularizar a história Bíblica, mentir sobre a história do Brasil e desdenhar dos personagens de nossa história; ridicularizar os ritos como o casamento e o batismo; ridicularizar padres e pastores que não rezam o marxismo. Enfim, só para se ter uma ideia, hoje no Brasil, a Igreja Católica está tomada na casa de 40% de seus membros com essas ideias de esquerda por causa da tal “Teologia da Libertação”, que nada mais é do que uma interpretação enviesada e deturpada do Evangelho em face de uma ideologia marxista.
2) A educação deverá ser toda ela substituída
Os currículos tradicionais devem ser substituídos por ideias e pensamentos progressistas, politicamente corretos, tendenciosos óbviamente para esquerda e, acima de tudo, devem ser currículos emburrecedores transformando o ensino público brasileiro em um dos piores do mundo. Haja vista, Paulo Freire como sendo o ícone da “ferramenta” para a implementação do marxismo nas escolas. A educação, que deveria primar pelo ensino do idioma pátrio, hoje valoriza quem fala “nós volta”, “nós fica”, “nós fala”, como se fossem os intelectuais orgânicos dos partidos de esquerda nesse país. E ainda justificam o falar e o escrever de forma completamente errada como se fosse um “preconceito linguístico” caso você venha a corrigi-los. É uma completa inversão dos papéis e um total desprezo pelo seu próprio idioma! Enfim… os resultados dessas estultices vocês leitores já conhecem: um país onde a imbecilidade progride a passos largos.
3) Mídia, a tal “classe falante” de todo e qualquer país
Gramsci não tem dúvida alguma sobre o quão importante é a infiltração e ocupação dos órgãos de imprensa transformando-os em grandes meios de propaganda, manipulação e desinformação das massas analfabetas oriundas da “educação Paulo Freiriana”. Ou seja, um ciclo diabólico de produção de pessoas ignorantes combinado com a produção de propagandas progressistas mentirosas e deturpadas. É a produção com retro alimentação da desgraça cultural de todo um país. Através da mídia é que se vai tomando posse do imaginário popular e semeando a ideia de descrédito das instituições tradicionais e de seus representantes. É exatamente o que nós vemos hoje no Brasil, todos os grandes jornais, televisões, revistas contra o atual governo de direita/conservador e contra toda a cultura ocidental judaico-cristã resumida no trinômio: “Deus, Pátria e Família”.
4) A moral, os valores e os bons costumes, tradições e virtudes
Tudo deve ser atacado e vilipendiado sistematicamente. Princípios de autoridade na família, nas escolas e nas igrejas devem ser atacados e ridicularizados veementemente. A família patriarcal deve ser acusada de opressora da mulher e dos filhos e deve ser comparada a uma “família medieval católica”. Todos os valores devem ser atacados como se fossem os verdadeiros culpados pelos “atrasos” do progresso humano de uma sociedade.
5) Ridicularização, ataques, denúncias falsas e acusações infundadas contra pessoas cuja personalidade seja de grande relevância na sociedade (como a do Professor Olavo de Carvalho, por exemplo)
E, principalmente, se essas personalidades forem de relevância nas igrejas, nas universidades, na política e na intelectualidade nacionais que jamais seguirão a cartilha do marxismo cultural. A máquina de propaganda partidária deve ser, portanto, uma “assassina de reputações”, uma demolidora de biografias de pessoas honradas e dignas do Brasil. Nessa tática, a rotulação é método para a esquerda. Rotular alguém de hipócrita, machista, reacionário, homofóbico, fascista, nazista, racista, genocida, retrógado etc etc e etc… tudo palavrório vazio que na boca do militante acéfalo de esquerda se torna uma máxima como se fossem grandes e inteligentes contra argumentos. É o linxamento moral por aqueles que detestam qualquer moral burguesa, como se moral tivesse classe… que absurdo!
Dessa forma dá-se uma perseguição pela imprensa gramscista de forma implacável e covarde, destruindo carreiras e arruinando as finanças de quem não segue o pensamento “revolucionário” do mainstream da esquerda pomposa e festiva. Qualquer manifestação contra o pensamento hegemônico é tratado com “cancelamento”, violência moral, processos judiciais e intimidações de toda ordem, portanto, tal pessoa deve ser “eliminada” da vida sócio-cultural do país.
O incrível é que Antônio Gramsci escreveu tudo há mais de oitenta anos e dentro de uma cadeia. Um visionário do mal, mas um visionário, infelizmente!!!
Por fim, na visão gramsciana, a cultura não é mais um Lócus ou um repositório dos valores e legados de toda a história de uma nação ou mesmo de uma civilização.
A cultura é e sempre deverá ser uma fonte onde todas as gerações podem e devem acessar para se localizarem no tempo e no espaço quanto a sua própria identidade civilizacional de uma nação ou de um reino. É a cultura que vai fazer todos os cidadãos terem um sentimento de pertencimento a algo muito maior que ele, a pertencer a um país e a ser membro de uma nação. Sendo assim, todos aqueles que cultuam suas tradições, valores, moral, seu idioma, sua religião são homens e mulheres que conseguem de forma mais fácil rechaçar as ideias socialistas.
Cultuar o Deus vivo de Israel, prestar culto ao nosso Senhor Jesus, cultuar os valores que estão na Bíblia judaico-cristã, preservar a língua portuguesa, amar seu país (sem ufanismos infantis), defender a família tradicional, a sua vida, a vida de terceiros e seu patrimônio (até com armas se for preciso) são coisas que recaem, mais uma vez, no trinômio: Deus, Pátria e Família. E é isso que eu quero conservar pra sempre.
Ao mesmo tempo surge com o gramscismo o multiculturalismo com sua visão sedutora de convivência pacífica entre os povos de todas as culturas em um mesmo lugar, ai ai ai… uma outra quimera que jamais dará certo. Mas falarei sobre isso mais na frente em um outro artigo.
<< Leia o artigo anterior: “Admirável Mundo Novo” dos nossos dias

João Carvalho (Colunista) – Economista pós graduado em gestão empresarial pelo CEFET-RJ
Contato: joaoctc2007@gmail.com
Instagram: joaoctcarvalho
“Os homens nascem ignorantes, não estúpidos; é a educação que os torna estúpidos”