Nessa entrevista, Rui Falcão, presidente do PT à época, fala abertamente sobre a revolução cultural proposta por Antônio Gramsci, que significa fazer com que os valores do Partido se tornem majoritários na sociedade até que a esquerda alcance a hegemonia cultural.
O próprio Gramsci, em sua obra Cadernos do Cárcere, escreveu: “Os jornais são aparelhos ideológicos cuja função é transformar uma verdade de classe num senso comum, assimilado pelas demais classes como verdade coletiva – isto é, exerce o papel cultural de propagador de ideologia”.
Aqui ele não deixa margem para dúvida. A hegemonia almejada pela revolução cultural se dá através do uso dos jornais – mas não só dos jornais, como também de toda a mídia (lembrando que Gramsci escreveu isso na década de 30 quando ainda não havia TV ou internet) – como “aparelhos propagadores de ideologia” que têm o papel de alçar a “verdade de classe”, ou seja, os valores marxistas, à condição de senso comum do povo.
Significa normalizar e enraizar a mentalidade revolucionária na cultura de tal jeito que até o sujeito mais despolitizado do país contribuirá inconscientemente com a revolução.
É isso que Gramsci propôs.
Como o método tradicional da revolução armada, usado na Rússia, tinha pouquíssimas chances de sucesso nas democracias ocidentais, era preciso manipular as consciências para que todos pensassem e agissem como comunistas, mesmo que não fizessem a menor ideia disso.
Diante dessas confissões abertas, então, será possível continuar rotulando os nossos alertas sobre o assunto como “teoria da conspiração”?
A lavagem cerebral é tão bem feita que as vítimas preferem acreditar no que diz a mídia ao que os seus próprios olhos estão vendo!
Ora, o fato de muitos ainda acharem que a bolha ideológica em que vivem representa tudo o que existe e que não pode haver vida fora disso NÃO prova a inexistência do que estamos falando… Pelo contrário!
Só prova que eles conseguiram exatamente o que queriam: fazer com que todos pensassem e agissem como marxistas, SEM SABER.
Só prova que a hegemonia cultural foi, de fato, alcançada e que a bolha se tornou grande demais para que eles sequer percebam que estão dentro de uma bolha…

Pedro Delfino é especialista em História da Civilização Ocidental e História da Igreja Católica; autor do livro Mentalidade Atrasada, Nação Fracassada (que aborda temas como História, Filosofia e Política); do Curso de História Geral da Civilização Ocidental, do Curso de Excelência Catholica, do livro Via Sancta e é co-Fundador do Movimento Brasil Conservador.
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